ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
SETEMBRO, QUINTA  26    CAMPO GRANDE 22º

Direto das Ruas

Entre jejuns e adiamentos, paciente aguarda cirurgia no tornozelo há seis dias

A paciente Isabella Scanoni comenta que já chegou a ficar 18 horas em jejum, mas não pôde realizar a cirurgia

Por Mylena Fraiha | 26/09/2024 17:43
Há seis dias no hospital, Isabella permanece com a perna engessada e aguarda a cirurgia (Foto: Direto das Ruas).
Há seis dias no hospital, Isabella permanece com a perna engessada e aguarda a cirurgia (Foto: Direto das Ruas).

Há seis dias, a vendedora Isabella Scanoni, de 29 anos, segue internada no Humap/UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), à espera de uma cirurgia no tornozelo. Ela relata que tem enfrentado um ciclo de jejuns prolongados e adiamentos da cirurgia, devido à superlotação do hospital.

A queda que ocasionou a fratura no tornozelo aconteceu no dia 19 de setembro, em casa. Após o acidente, Isabella foi levada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida e, em seguida, transferida para o CEM (Centro de Especialidades Médicas), onde realizou um raio-X.

O exame e a avaliação médica no CEM confirmaram que o caso necessitava de cirurgia, com a colocação de uma placa e um parafuso no tornozelo, conhecida como osteossíntese. No dia 20 de setembro, Isabella foi internada no Hospital Universitário, onde aguarda a cirurgia até o momento.

Entretanto, ela relata que a espera pela cirurgia tem sido marcada por frustrações, pois frequentemente sua cirurgia é remarcada. Isabella comenta que já chegou a ficar 18 horas em jejum, mas não pôde realizá-la.

"O problema é que eles me deixaram de um dia para o outro, das 23h até às 17h do outro dia em jejum absoluto, sem água e sem comer. E aí, às 17h, eles falavam que estavam com muitas cirurgias e precisavam passar gente na frente. Para mim, é desumano me deixar tanto tempo em jejum, depois desmarcar e ficar nisso por vários dias", relatou a paciente.

Pé e o tornozelo de Isabella estão roxos e inchados; ela precisará de uma cirurgia com a colocação de uma placa e um parafuso no tornozelo (Foto: Direto das Ruas).
Pé e o tornozelo de Isabella estão roxos e inchados; ela precisará de uma cirurgia com a colocação de uma placa e um parafuso no tornozelo (Foto: Direto das Ruas).

A vendedora menciona que a situação tem gerado ansiedade e desgaste emocional e físico, especialmente por causa dos dois filhos, de 7 e 9 anos, que dependem dela. "Imagina ficar mais de 14h sem comer, sem beber água, além da ansiedade e o fato de ter dois filhos em casa me esperando. Eu sou a provedora do lar e preciso levar eles para a escola, fazer comida. Eles são pequenos e choram de saudade".

Insatisfeita, na tarde de hoje (26), Isabella desabafou nas redes sociais sobre a situação, e sua publicação gerou repercussão, com mais de 200 comentários e 79 compartilhamentos. Ela também destacou que muitas outras pessoas estão relatando situações semelhantes no Hospital Universitário. "Tem muita gente falando que está na mesma situação ou até pior", concluiu.

A reportagem entrou em contato com o Humap/UFMS e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para obter informações sobre a superlotação do hospital e o andamento da fila de espera para cirurgias ortopédicas. O espaço segue aberto para futuros pronunciamentos.

Direto das Ruas – A sugestão chegou pelo Direto das Ruas, o canal de interação dos leitores com o Campo Grande News. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563.

Clique aqui e envie agora uma sugestão. Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos sejam feitos com o celular na posição horizontal.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias