Vídeo Índio Brasil abre inscrições para produções
Estão abertas as inscrições para a 3ª Edição do VIB (Vídeo Índio Brasil), que será realizado entre os dias 31 de julho e 7 de agosto de 2010, na cidade-sede, Campo Grande, e mais cem municípios simultaneamente.
Até o dia 31 de maio, poderão ser inscritos vídeos e filmes com temática indígena, produzidos por índios, ou não-índios, e as cidades que desejarem receber o Vídeo Índio Brasil. O resultado será divulgado no dia 10 de junho, neste site.
Por meio do audiovisual, o festival busca fortalecer e divulgar a temática indígena no Mato Grosso do Sul e no Brasil.
"O Vídeo Índio Brasil se tornou um dos principais programas referentes à difusão das culturas indígenas no país. Como o Brasil é signatário da Convenção Mundial da Diversidade Cultural, aprovada pela ONU (Organização das Nações Unidas), estamos dando nossa contribuição. E esse programa nasceu aqui em Mato Grosso do Sul, o que nos orgulha muito, pois temos a segunda maior população indígena do país", resume o idealizador e diretor do VIB, o produtor cultural Nilson Rodrigues.
Em Mato Grosso do Sul vivem atualmente 67.574 mil índios, distribuídos em 75 aldeias na zona rural de 29 municípios, além daqueles que vivem nas cidades. Eles pertencem a oito etnias: Guarani, Kaiowá, Terena, Kadwéu, Kinikinawa, Atikum, Ofaié e Guató.
Os dados são do último relatório da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), de dezembro de 2009, entidade que atende a saúde desta população. O Amazonas é o estado com a maior concentração indígena no país, com cerca de 150 mil aldeados de várias etnias.
Para a mostra audiovisual, serão selecionadas 20 produções indicando um painel da produção sobre o assunto, com exibições nas cidades durante o período do festival. O Vídeo Índio Brasil não tem fins lucrativos e o evento vai contar com entrada franca em todo território nacional.
Além da mostra, a programação ainda compreenderá oficina de audiovisual dirigida aos indígenas, exposição fotográfica, seminários e debates com lideranças, representantes governamentais e não-governamentais, especialistas, artistas, acadêmicos, comunicadores, empresários, trabalhadores e a sociedade em geral.
As produções audiovisuais participantes poderão se encaixar nas categorias ficção, documentário ou animação e ainda ter duração de curta, média ou longa-metragem, desde que abordem a temática indígena.
Dentre as exigências, o responsável de cada cidade deverá garantir o espaço físico para exibição das mostras, equipamentos necessários a exibição (aparelho de DVD e projetor), a organização e divulgação na sua cidade. Em contrapartida, a direção-geral do Vídeo Índio Brasil enviará para cada cidade cadastrada, um manual com todas as instruções, cronograma nacional, plano de trabalho, produção e projeto para busca de apoio local, além é claro, de fornecer as cópias das produções selecionadas para a mostra audiovisual.
Cada coordenador local terá a liberdade para realizar atividades paralelas relacionadas com o evento, como oficinas, debates, seminário, mostras regionais e locais, exposições e demais apresentações. Em Campo Grande, a cidade-sede, uma curadoria especial vai organizar os eventos paralelos.