Escrito em bilhete, sonho de fazer transplante vira realidade
Após dois anos na fila, menino de Dourados passou por cirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte (MG)
“Fazer meu transplante de rim”. A frase simples e direta foi escrita por Allifer Matheus Bezerra, de 13 anos, e deixada na “Árvore dos Desejos”, durante uma visita ao Bioparque Pantanal, na Capital. O transplante era o maior sonho do menino que, há 21 dias, conseguiu realizar a cirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
RESUMO
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Allifer Matheus Bezerra, de 13 anos, realizou seu maior sonho: um transplante de rim após dois anos de espera. Após a cirurgia bem-sucedida em Belo Horizonte, ele se recupera bem, podendo agora realizar atividades cotidianas antes impossíveis devido à cistinose nefropática, doença que o afligia desde 2011. A mãe, Josy, comemora a melhora do filho e a nova fase, livre da rotina extenuante de hospitais e tratamentos, com o futuro promissor de uma vida normal, incluindo a volta à escola em 2025.
No dia 8 de novembro, após dois anos esperando na fila, o douradense foi chamado para realizar a operação, que começou às 23h e terminou às 3h. Nesta sexta-feira (29), a mãe dele, Josy Gonçalves, de 39 anos, conversou com a reportagem para falar como tem sido os últimos 21 dias.
“Graças a Deus está ocorrendo tudo bem, saímos do hospital, fomos para a casa de apoio em BH, agora é só recuperação”, conta. Josy vai ficar até o final de janeiro na capital de Minas Gerais devido aos exames e consultas que Allifer precisa fazer no pós-cirurgia. Só depois desse período, eles retornam para Dourados.
Nas últimas semanas, Allifer tem feito tarefas simples do dia a dia que antes eram impossíveis. “Tem sido maravilhoso, ele está super feliz, voltou a fazer xixi, fazia dois anos que não conseguia fazer”, conta a mãe.
É com emoção que ela conta essas e outras novidades que a dia pegam os dois de surpresa. Allifer foi diagnosticado em 2011 cistinose nefropática e na época a condição era tão rara que não havia tratamento para ela em Campo Grande.
Por nove anos, o tratamento para a doença foi feito em São Paulo até que, em 2019, a equipe do Humap-UFMS/Ebserh assumiu o caso. Até encontrar um rim compatível, Allifer passou por três anos de hemodiálise no hospital.
Essa rotina de idas e vindas do hospital ficará para trás em breve. Agora, mesmo precisando levar o filho uma vez por semana à Santa Casa de BH, Josy garante que a fase de “luta” foi substituída pelo alívio de ver o filho bem, recuperando a saúde.
“Eu não tô acreditando ainda, a nossa luta era todo dia no hospital. Ver ele podendo tomar água, ele não podia comer várias coisas, ver ele podendo fazer as coisas… eu choro. Vai demorar um pouquinho para acreditar”, pontua.
À distância, os dois têm recebido várias mensagens repletas de carinho. Através das redes sociais, as pessoas descobriram a história do menino de 13 anos. “Bastante gente se emocionou com a história dele, muita gente achou lindo”, completa.
Em 2025, Alliffer será matriculado na escola, sendo esse um dos novos sonhos que quer realizar. “Ele disse pra mim: 'Mãe, agora vou ter uma vida que toda criança tem'”, destaca Josy.
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