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Política

Com disputa interna, PT caminha para 15 anos no comando da Fetems

Lidiane Kober | 29/05/2014 18:52

Com disputa interna, o PT caminha para o 15º ano consecutivo no comando da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul). Na próxima segunda-feira (2), os petistas Roberto Botareli e Gleice Jane Barbosa vão competir pelo voto de 23.444 filiados.

Desde 2002, a entidade está nas mãos do partido e a trajetória contínua de mandatos só foi quebrada pela peemedebista Mara Carraro. “O PT nasceu dentro dos sindicatos”, analisou o cientista política Tito Machado sobre a hegemonia da sigla.

O movimento sindical, segundo ele, começou a ganhar força na década de 80. “Na época, os partidos de esquerda se dividiam no comando das entidades, mas, a partir dos anos 90, o bloco foi enfraquecendo, enquanto o PT avançou", explicou.

“O PT pode ter milhares de defeitos, de divergências, mas é fato que o partido entende de sindicato e atua com competência, nasceu dentro deles”, comentou Tito. “Como dificilmente você verá um petista no comando da Federação das Indústrias, dificilmente verá alguém de direita à frente dos sindicatos”, completou.

Disputa interna - Neste ano, inclusive, dois petistas querem o comando da Fetems. Botareli, da Corrente “Movimento PT”, luta pela reeleição e Gleice, da Corrente “Articulação de Esquerda”, propõe renovação.

Apesar de concorrentes, ambos tentam minimizar o enfrentamento interno. “Dentro do PT é normal este tipo de disputa”, disse Gleice. “O nosso movimento não é partidário. Dos 72 sindicatos, 67 me apoiam e têm filiados de todas as siglas”, destacou Botareli.

Na campanha pela reeleição, ele ressalta as conquistas de sua gestão, como a implantação de um terço de hora/atividade, a unificação do estatuto dos administrativos como o dos professores e a política de reajuste salarial. “Até 2017, vamos receber o piso por 20 horas aulas, se o reajuste anual for de 8%, teremos, em três anos, 123% de aumento”, afirmou.

Gleice, por sua vez, levanta a bandeira “por uma federação de maior enfrentamento às políticas autoritárias”. “Avaliamos que existe acomodação do movimento sindical”, disse. “Além de melhores salários, temos que lutar por mais democracia e autonomia nas escolas. Hoje, os professores não visualizam mais os avanços, não trabalham com o mesmo entusiasmo, viraram cumpridores de tarefa”, emendou.

As eleições da Fetems vão acontecer na segunda-feira (2), das 8 horas às 20 horas. Praticamente todas as cidades do Mato Grosso do Sul vão ter urna de votação. Nas cidades que não tem SIMTED (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) urnas itinerantes vão percorrer as escolas para garantir que o trabalhador exerça seu direito de voto.

Para votar, os educadores precisam levar documentos com foto. Se estiver em trânsito, é necessário ainda apresentar o contracheque ou recibos expedidos pela secretaria de finanças do sindicato, acompanhados de fotocópia de documento pessoal com fotografia, que deverão ser encaminhados à Comissão Eleitoral Central.

Gleice levanta a bandeira “por uma federação de maior enfrentamento às políticas autoritárias” (Foto: Reprodução/Facebook)
Gleice levanta a bandeira “por uma federação de maior enfrentamento às políticas autoritárias” (Foto: Reprodução/Facebook)
Na campanha pela reeleição, Botareli ressalta as conquistas de sua gestão (Foto: Arquivo)
Na campanha pela reeleição, Botareli ressalta as conquistas de sua gestão (Foto: Arquivo)
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