Divórcios aumentaram 23,4% em MS no segundo ano de pandemia

Mato Grosso do Sul teve 23,4% divórcios a mais em 2021, segundo ano de pandemia. A pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que naquele ano foram 5.331 divórcios concedidos em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais contra 4.363, no ano de 2020.

Com o resultado, o Estado ocupou a 7ª posição na taxa de divórcio. A maior foi registrada em Rondônia e em Roraima. Em relação à idade, os homens tinham, em média, 43 anos, enquanto as mulheres, 39,7 anos de idade.

Em 2021, o tempo de duração do casamento teve redução para 12,1 anos, sendo o 5° menor tempo entre as Unidades da Federação. No Brasil, esse tempo médio foi de 13,6 anos.

A pesquisa mostra também aumento significativo do percentual de divórcios judiciais entre casais com filhos menores de idade. No ano de 2014, a proporção de guarda compartilhada entre os pais com filhos menores em Mato Grosso do Sul era de 5,4%, em 2021 passou para 31,8%.

No Estado, para cada 1.000 habitantes em idade de casar, 6,5 uniram-se por meio do casamento legal em 2021, sendo a 4ª maior taxa de nupcialidade legal do País.

Já no Brasil, para cada 1.000 habitantes em idade de se casar, em média, 5,5 pessoas se uniram por meio do casamento civil.

Casamentos do mesmo sexo – Dos 14.309 registros de casamentos civis em 2021, 136 ocorreram entre pessoas do mesmo sexo. O número representa aumento de 51,1% em relação a 2020, quando tiveram 90 registros de casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Os casamentos civis entre pessoas solteiras do mesmo sexo, a idade média da união foi de aproximadamente 32,9 anos entre os homens e 30,6 anos entre as mulheres.

Nascimentos – MS ficou em 20° lugar entre as Unidades da Federação no número de nascimentos registrados em 2021. Foram 42.504 nascidos no Estado, e 12.527 em Campo Grande.

O número de nascidos vivos do sexo masculino foi maior que o número de nascidos do sexo feminino.

Com relação à idade da mãe na data do parto, a faixa etária com maior número de nascimentos ocorreu entre 20 e 24 anos de idade. Os meses de março (3.905) e maio (3.719) apresentaram o maior número de nascidos. Em novembro foi registrado o menor número.

O estudo estima que cerca de 691 crianças que nasceram em Mato Grosso do Sul não obtiveram certidão de nascimento. No Estado, o sub-registro foi maior nas cidades de Coronel Sapucaia (98), Dourados (53) e Amambai (45).

Mortes - Mato Grosso do Sul teve 24.682 óbitos, em 2021. Se comparar ao ano de 2020, o aumento foi de 30,12% nos óbitos, quando 18.969 foram registrados. Foram registradas 23.456 mortes naturais e 1.123 mortes não naturais no Estado.

Campo Grande registrou mais de um terço das mortes de Mato Grosso do Sul, com total de 9.013, sendo 8.572 naturais e 441 não naturais.

Se comparar com 2019, tanto 2020 e 2021 são anos com incremento de óbitos, principalmente os naturais, que incluem os casos de covid-19 e outras situações ligadas à pandemia.