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Cidades

Fiocruz vê "fortes indícios" do fim da pandemia até o início de 2022

Fundação ressalta que o momento exige cautela para se evitar "reveses indesejáveis"

Adriano Fernandes | 05/10/2021 23:17
Dose da vacina contra a covid-19. (Foto: Henrique Kawaminami)
Dose da vacina contra a covid-19. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com o avanço da vacinação contra a covid-19 e a consequente redução no número de mortes, novos casos e internações por conta da doença os pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já apontam uma "luz no fim do túnel" em meio à pandemia. No mais recente "Boletim do Observatório Covid-19" que é divulgado pela instituição, os pesquisadores informam que "há fortes motivos para se acreditar no fim da pandemia até os primeiros meses de 2022".

Entretanto, ainda conforme o documento o momento exige cautela para se evitar "reveses indesejáveis". Os pesquisadores ressaltam que o fim da pandemia não vai representar o fim da “convivência” com a Covid-19, que deverá se manter como doença endêmica e passível de surtos assim como a gripe ou a dengue.

Neste sentido, medidas como o uso de máscaras, distanciamento físico e higiene constante das mãos continuarão sendo importantes, ainda por algum tempo, em ambientes fechados ou naqueles abertos com aglomeração. Nesta edição do boletim os pesquisadores apontam que o passaporte de vacinas é uma importante estratégia para estimular e ampliar a vacinação no Brasil. Ao defender a adoção dessa iniciativa em todo o país, o documento destaca o princípio do ponto de vista da saúde pública de que “a proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos”.

Os pesquisadores ainda comentam que o mundo não estará livre da covid-19 enquanto ela for uma ameaça em algum lugar do planeta. "Este Boletim insiste na necessidade, frente ao arrefecimento da carga colocada pela Covid-19 sobre o SUS, do sistema se organizar para dar conta do imenso passivo assistencial resultante da pandemia, tanto pelos atendimentos e por outras causas, postergadas, como pelos imensos desafios colocados pela Covid longa, requerendo cuidados de longo prazo e, frequentemente, especializados", diz trecho da publicação.

Mato Grosso do Sul é destaque - O boletim é o resultado das análises quantitativas sobre a pandemia em todo o território nacional, de 12 a 25 de setembro de 2021 - que equivalem a 37ª e 38ª semana epidemiológica. Neste período houve redução nos números absolutos de internações (-27,7%) e óbitos (-42,6%).

Também houve diminuição das taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19 para adultos, com 25 unidades da Federação fora da zona de alerta (taxas inferiores a 60%). Oito estados também reduziram o número de leitos de UTI Covid-19 para adultos, permanecendo, ainda assim, fora da zona de alerta. Mato Grosso do Sul está entre eles.

Com relação à segunda dose, ou dose única, Mato Grosso do Sul se destaca por ter o maior percentual, com 55,5%; maior percentual de doses destinadas a completar o esquema vacinal, com 43,8%, e o maior percentual de doses de terceiras doses, com 3,9%.

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