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Cidades

Grupo de MS ajudou com toneladas de alimentos e vacinas a 10 mil animais do RS

A equipe com 20 pessoas saiu para o estado gaúcho no dia 15 de maio e retornou dez dias depois

Por Izabela Cavalcanti | 09/06/2024 09:37
Superintendente da Suprova ajudou a resgatar um cachorro vira-lata, que aguardava ajuda há 15 dias no Rio Grande do Sul (Foto: Divulgação) 
Superintendente da Suprova ajudou a resgatar um cachorro vira-lata, que aguardava ajuda há 15 dias no Rio Grande do Sul (Foto: Divulgação)

O grupo Força-Tarefa de Resgate Técnico de Animais de Mato Grosso do Sul ajudou abrigos que totalizam 10,5 mil animais vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A equipe com 20 pessoas saiu no dia 15 de maio e retornou no dia 25 do mesmo mês, levando 32 toneladas de alimentos e 15 mil doses de vacinas antirrábicas.

O grupo foi criado pela Suprova (Superintendência de Política Integradas de Proteção da Vida Animal), vinculada à Setesc (Secretaria Estadual de Turismo, Esporte e Cultura), no dia 6 de maio.

O pedido foi feito pelo Departamento de Defesa e Proteção da Vida Animal, que faz parte do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas. O grupo também é composto por várias entidades governamentais, lideradas pelo Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal), que envolve o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e diversos outros.

Segundo o superintendente da Suprova, Carlos Eduardo Rodrigues, o abrigo municipal de São Leopoldo tinha cerca de 870 cães e gatos, e em Sapucaia do Sul tinham 700 animais, totalizando 1,5 mil.

Além disso, o grupo também passou por abrigos com 2 mil animais e até com 7 mil animais. No entanto, não foi possível calcular a quantidade exata de animais que passaram pelas mãos da equipe de MS.

De acordo com Carlos, nenhum abrigo estava mais aceitando animais resgatados, devido a lotação. Então, a equipe de MS resolveu focar os esforços nesses locais.

“Nós realizamos dois resgates. Nenhum abrigo estava aceitando, então , não adiantaria porque eles não teriam onde colocá-los. Fizemos um planejamento de geolocalização até que as águas diminuíssem e nós fomos alimentando onde os pets estavam mesmo. Nós entendemos no que poderíamos ser útil e vimos ali que poderíamos ajudar os abrigos”, explicou.

Um dos abrigos improvisados no Rio Grande do Sul (Foto: Divulgação) 
Um dos abrigos improvisados no Rio Grande do Sul (Foto: Divulgação)

Ainda segundo o superintendente, uma situação que marcou, foi quando foram entregar ração para uma família que estava ilhada junto com 10 animais.

“A gente deixou um saco de ração de 15 kg para cada um deles, e no final, a família viu que tinha mais ração e pediu deixar mais um, pois se os animais não comecem eles iriam comer. A gente viveu isso, foi muito forte isso”, lamentou.

Carlos lembra ainda que no 15° dia da tragédia, também conseguiram salvar um vira-lata caramelo. “É um símbolo de resistência. Ele ficou 15 dias aguardando ajuda e conseguimos salvá-lo”, finalizou.

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* Matéria atualizada às 8h, do dia 10 de junho, para acrescentar outras entidades que também fazem parte do grupo criado

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