Junho nem terminou e já tem o dobro do número de mortes por covid-19 em MS
Segundo a Secretaria de Saúde, foram 25 mortos até agora, enquanto em maio, foram 11 óbitos; Dourados é o epicentro da doença
Junho ainda não terminou e já registrou mais que o dobro do número de mortes em decorrência do novo coronavírus (covid-19) em Mato Grosso do Sul, em comparação a maio. Até agora, foram 25 óbitos no Estado este mês, pelo menos uma vítima por dia até agora.
No total, o Estado registrou 45 mortes pela covid-19. Destas, 25 ocorreram somente em junho, 127% a mais que os 11 registros de óbitos de maio.
O último boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde) foi divulgado ontem de manhã e indicava 14 mortes na semana de 13 a 20 de junho. Nesta atualização ainda não constam a 44ª morte, de mulher de 73 anos em Itaquiraí, na noite de sexta-feira e a 45ª, em Corumbá, de homem de 52 anos. São 16 óbitos na semana avaliada.
Destes óbitos, 7 foram registrados em Dourados, município que agora é considerado o epicentro da doença no Estado.
Nos primeiros três dias de junho, a SES não registrou mortes pela doença, mas, a partir daí, foram apenas dois dias sem que não fosse divulgado mais um óbito em decorrência da covid-19. O dia de ontem (20) ainda não entrou nessa contagem pois o boletim será divulgado nas próximas horas.
Junho também chama atenção para o crescimento ainda exponencial da doença, alerta diário do secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, e da adjunta, Christinne Maymone, nas lives diárias.
Se comparado o número de casos confirmados do sábado (13) até ontem, o aumento foi de 54,25%, passando de 3.235 para os atuais 4.990.
Diariamente, os índices de confirmações só aumentam. Avaliando a última semana, 4 dias tiveram acima de 200 casos confirmados por dia.
O recorde foi na sexta-feira, com 392 notificações positivas para doença, sendo 92 em Campo Grande, 91 em Dourados, 21 em Paranaíba, 17 em Chapadão do Sul, 16 em Fátima do Sul, 12 em São Gabriel do Oeste, 9 em Itaquiraí, 8 em Deodápolis, e cinco em Corumbá, Maracaju e Nova Andradina.
Resende chegou a falar que esse aumento deve ser debitado da conta da população, que não está respeitando o isolamento social e promove aglomerações diárias. Conforme dados de ontem (20), do boletim Inloco, Mato Grosso do Sul teve índice de 37,9% de isolamento, o 6º pior do País.