Para evitar pico de vírus infantil, escolas entram na campanha ‘Mão-Pé-Boca’
Doença atinge principalmente crianças e SES alerta que pais devem prestar atenção aos sintomas
Lavar bem as mãos, não compartilhar copos e cobrir a boca ao tossir ou respirar. Essas são algumas das dicas que crianças do CEI – ZEDU (Centro de Educação Infantil – José Eduardo Martins Jallad) receberam nesta quarta-feira (05) de acadêmicos de Enfermagem. A ação, que faz parte do ‘Dia D’ da campanha ‘Mão-Pé-Boca’ da SES (Secretaria de Estado de Saúde), abrange centros educacionais da Capital e de outros 39 municípios.
Transmitida pelo vírus ‘Coxsackie’, a doença ‘Mão-Pé-Boca’ atinge principalmente crianças menores de cinco anos. Sem vacina, a forma de prevenção é manter a higiene em dia e evitar contato com pessoas infectadas. Para ensinar isso às crianças, a campanha é realizada em parceria com instituições de ensino superior que de forma lúdica repassaram o conhecimento às crianças.
Conforme a técnica da gerência de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES, Mônica Danielle Nóbrega Alpire, a campanha ocorre neste período que antecede uma das fases de maior propagação do vírus. “Existem picos da doença que acabam cometendo as crianças. Conforme os nossos dados, a doença acomete agora no final de junho e começo de julho. Para evitar os surtos resolvemos fazer essa campanha para que não tenham crianças com essa doença”, explica.
Transmitida de forma oral-fecal, a síndrome tem como principais sintomas bolhas na palma das mãos e solado dos pés, aftas na boca e febre alta. O vírus infantil, conforme Mônica Danielle, acaba sendo associado a outras doenças como a gripe. Por esse motivo, ela alerta que é importante os pais procurarem o médico assim que surgirem os mesmos sintomas.
“A síndrome se confunde até com uma gripe porque é dor de garganta, é uma febre alta, é dor no corpo, aí começam as bolinhas na mão, no pé. Então, os pais têm que tomar cuidado com esses primeiros sintomas e levar ao médico. Aí verificar se outras crianças que têm convívio com o filho não estão com a mesma doença”, fala.
Na manhã desta quarta-feira, acadêmicas de Enfermagem da faculdade Anhanguera ficaram responsáveis por executar a atividade lúdica. Com cartazes coloridos e luvas que mostravam ilustrações do vírus, elas explicaram às 357 crianças do CEI – ZEDU o que é a doença, como ela age e a forma correta de higienizar as mãos. A palestra educativa foi seguida pelo momento de colorir desenhos no formato de uma torneira. Para finalizar, os pequenos lavavam as mãos.
Acadêmica de Enfermagem, Rayssa Moraes foi uma das responsáveis pela elaboração do material. Animada, ela relata que a resposta da criança foi positiva diante da atividade educativa. “A gente preparou várias atividades, gincanas e também viemos trazer o conhecimento para as professoras. Elas (crianças) são bem interativas e participativas, é muito legal”, afirma.
A ação lúdica com viés educativo é uma das várias que o Cei-Zedu recebe no ano letivo. A abordagem, segundo a diretora adjunta Maria de Fátima Martins dos Santos, é algo que funciona com as crianças.
“Quando acontecem essas ações a gente vê uma mudança no comportamento das crianças. Depois de passar por essas palestras educacionais as crianças aprendem. Inclusive os pais sempre dão depoimento que eles chegam em casa falando”, diz.
Em sala de aula, as dicas de hoje seguirão sendo repassadas pelos professores. Em Campo Grande, 16 instituições entre Emeis e Ceinfs recebem a campanha do Dia D com apoio de instituições particulares e da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Dicas de prevenção:
- Higiene das mãos: Lavar as mãos regularmente com água e sabão é uma das formas mais eficazes de prevenir a propagação da doença. Incentive as crianças a lavarem as mãos após usar o banheiro, antes de comer e após tossir ou espirrar.
- Limpeza e desinfecção: Superfícies e brinquedos frequentemente tocados por crianças devem ser limpos e desinfetados regularmente. Isso ajuda a reduzir o risco de contaminação e propagação do vírus.
- Evitar contato próximo: Incentive as crianças a evitarem o contato próximo com indivíduos infectados, especialmente aqueles que apresentam sintomas da doença. Isso pode ajudar a reduzir a transmissão do vírus.
- Etiqueta respiratória: Ensine as crianças a cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, preferencialmente com um lenço de papel descartável ou o braço dobrado. Isso ajuda a evitar a disseminação de gotículas infectadas no ar.
No Estado participam da campanha 'Pé-Mão-Boca' os municípios de Anastácio, Anaurilândia, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Aral Moreira, Bandeirantes, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Glória de Dourados, Inocência, Itaporã, Itaquiraí, Jaraguari, Japorã, Jardim, Ladário, Laguna Carapã, Maracaju, Miranda, Mundo Novo, Naviraí, Nova Andradina, Nioaque, Novo Horizonte do Sul, Paraíso das Águas, Paranaíba, Paranhos Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Terenos e Três Lagoas.
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