PF apreende dólares, carros de luxo e até obras de arte
Operação mira familiares de "Cabeça Branca", investigados por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas
A PF (Polícia Federal) apreendeu obras de arte, dólares e carros de luxo durante a operação para desarticular uma organização criminosa que atua com lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. A quadrilha de Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, conhecido como “embaixador do tráfico”, movimentou R$ 4 bilhões com o crime. Os familiares dele estão na mira da PF, investigados por lavagem de dinheiro.
A ação desta quinta-feira (03) acontece em seis estados brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, os mandados são cumpridos em Campo Grande, Dourados e Ponta Porã.
Em Dourados, em um dos locais onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão, a PF percebeu fundo falso em uma parede, onde foram localizados dólares e outros objetos escondidos. Entre os objetos apreendidos, estão obras de arte. O valor do dinheiro e das obras não foi informado.
Em Campo Grande, logo no início da manhã desta quinta, os policiais estiveram em uma das salas do Centro Empresarial Afonso Pena. Não há informações do que foi apreendido no local.
Também foram apreendidos dólares e carros de luxo em outros alvos da operação. A PF ainda não divulgou balanço.
Operação - A PF deflagrou nesta quinta-feira (03), as operações "Sucessão" e "Fluxo Capital" para desarticular uma organização criminosa que atua com lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, se utilizando de empresas de fachada e "laranjas". Na mira, estão familiares de “Cabeça Branca”, conhecido como “embaixador do tráfico”, que foi preso em 2017 pela PF, durante a Operação Spectrum.
Cabeça Branca agia com mão de ferro e através da violência para controlar o milionário esquema para mandar cargas de cocaína para países europeus. A quadrilha tinha várias formas de enviar cocaína de navio para a Europa. Blocos de concreto e até máquinas agrícolas eram usadas para esconder a droga.
Dessa forma, a PF está nas ruas para cumprir 39 mandados de busca e apreensão, também 19 mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul e mais cinco estados. Até o momento, 12 foram cumpridos no Paraná e Santa Catarina. A Justiça expediu sete mandados de busca e apreensão no Paraguai. Isso porque, o controle da movimentação do dinheiro era feito por doleiros, donos de casas de câmbio, instalados no país vizinho.
Além dos mandados, a Justiça sequestrou imóveis, bloqueou valores em contas bancárias, suspendeu as atividades das empresas envolvidas e as licenças profissionais (CRC) dos contadores investigados.