Presídio abre 603 vagas no sistema carcerário, mas deficit fica em 7,4 mil
Mato Grosso do Sul tem 17.572 pessoas – 13 mil homens – cumprindo pena no regime fechado e semiaberto
O Governo de Mato Grosso do Sul inaugura nessa terça-feira (26) a Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira, em Campo Grande, com 603 vagas, que representarão acréscimo de 6% no "tamanho" do sistema carcerário do Estado. Apesar de amenizar o deficit, hoje em 8,1 mil vagas, não resolve a superlotação – a proporção atual é de quase 2 presos dividindo o espaço para 1.
Conforme o balanço de outubro, o último divulgado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Mato Grosso do Sul tem 17.572 pessoas – 13 mil homens – cumprindo pena no regime fechado e semiaberto (internos saem de dia, mas voltam ao presídio para dormir). Nas unidades penais do Estado são 9.472 vagas. A abertura do novo presídio faz, portanto, o deficit cair para 7,4 mil.
A obra – Com investimento de R$18,9 milhões, sendo R$ 14,5 milhões oriundos de recursos federais do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), a unidade penal conta com uma área total de 18,1 mil m² e mais de 5,7 mil m² de área construída, sendo composta por 101 celas coletivas e individuais (isolamento), salas de aula, setores administrativos e de assistência psicossocial, ala de saúde, áreas de visita, entre outros espaços.
A penitenciária já está equipada – foram gastos R$ 938.814,26 no aparelhamento. Também já foi providenciada uniformização para todos os custodiados a serem alojados neste estabelecimento prisional.
O comando da unidade também já foi definido. Os agentes Flávio Rodrigues Marques e Edmilson Rodrigues Horácio foram nomeados diretor e diretor-adjunto, respectivamente. Agentes do Cope (Comando de Operações Penitenciárias), a “tropa de elite” da Agepen, farão a segurança e cuidarão da rotina do presídio.
Segundo o governo do Estado, a unidade será a primeira do sistema penitenciário estadual a ser totalmente operacionalizada pelos servidores de carreira da Agepen, que cuidarão desde a segurança interna à vigilância das muralhas. O modelo servirá de piloto para que possa ser estendido para os demais presídios de Mato Grosso do Sul.