Torres de presídio ficam sem vigilância, denuncia sindicato de policiais penais
Entidade que representa agentes diz que postos de atuação aumentaram, mas efetivo não
O Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS) apontou que falta efetivo de servidores e por mais de uma vez esta semana foi verificado que torres da Penitenciária Estadual de Regime Fechado da Gameleira I e II, em Campo Grande, permaneceram sem vigilância contínua. Conforme o sindicato, o efetivo é insuficiente, gerando sobrecarga de trabalho dos policiais penais.
A entidade aponta a situação de insegurança gerada na unidade da Gameleira, mencionando que se trata de um presídio com internos de alta periculosidade. O problema não estaria restrito a essa unidade. Um dos motivos apontados é a ampliação de atribuições dos policiais, que passaram a cuidar da vigilância das unidades nas torres também.
“Os postos que já foram assumidos pela Agepen desde a criação da Polícia Penal não estão sendo supridos. Ou seja, não tem servidor suficiente. Este cenário se agrava porque a gestão insiste assumir novas atribuições a cada dia. O número reduzido de servidores internos coloca toda a unidade prisional em risco”, afirma o presidente do Sinsap, André Luiz Santiago.
Conforme o sindicato, foi informado que a pretensão da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) é alterar escalas de trabalho, o que estaria gerando insatisfação entre os servidores, diante da iminente sobrecarga de trabalho.
O Sinsap divulgou que haverá uma assembleia na semana que vem, dia 6, pra tratar da situação de trabalho nos presídios.
Já as Diretorias de Operações e da Polícia Penal da Agepen afirmaram que há esforço para otimizar os serviços de vigilância e um dos elementos é o videomonitoramento. Quanto à unidade da Gameleira, a informação é que há atuação “reforçada com rígida rotina de disciplina e de procedimentos de segurança interna.”