Um ano após morte de modelo no Chile família cobra respostas
Modelo morreu ao cair da janela do apartamento onde morava com o namorado dia 7 de julho de 2021
No dia 7 de julho deste ano, fez um ano que a modelo cuiabana Nayara Vit virou notícia após cair de uma janela e morrer, no prédio onde morava em Santiago, capital do Chile e desde então a família aguarda respostas sobre o caso que inicialmente foi tratado como suicídio que foi descartado 12 dias depois pela polícia.
Ao Campo Grande News, a mãe da modelo Eliane Vit contou que a família ainda aguarda respostas sobre o que aconteceu com Nayara naquele dia e que as investigações ainda continuam.
“Nossa advogada já entrou com pedido para uma reunião com a promotora do caso para saber em que pé está a situação. Mas as investigações continuam e nós aqui no Brasil aguardamos o posicionamento do Ministério Público do Chile”, disse Eliane.
Ainda de acordo com Eliane, um promotor de Justiça de Cuiabá também entrou em contato com a família e solicitou ao Ministério Público do Chile prestação de contas sobre o que está acontecendo com o caso.
A prima de Nayara, Flávia Puga também falou com a reportagem e contou que até hoje a família não tem os laudos da necrópsia de Nayara, que foi feita mais de uma vez e que isso intriga muito a família da modelo.
No mês passado, a mãe da modelo deu uma entrevista a um portal de notícias de Cuiabá e afirmou sentir uma falta constante da filha e ter o propósito de trazer a verdade à tona para ter paz na vida.
"As investigações estavam avançadas, só que a gente não saiu do lugar. Não houve acusação. Não houve nada até agora. Abri mão de todos os trabalhos que fazia, me afastei de tudo para me dedicar somente a esta causa, de trazer a verdade sobre a história da minha filha”, afirmou a mãe de Nayara ao portal Mídia News.
O caso - Nayara morreu no dia 7 de julho de 2021. Na época, o executivo Rodrigo Del Valle Mijac, então namorado de Nayara, contou que estava sentado na janela quando a modelo passou correndo e se jogou da sacada, versão contestada pela família desde sempre.
Doze dias depois da morte, a versão de suicídio foi descartada pela polícia do Chile. Na ocasião, o advogado da família chegou a dizer que recebeu informações de pessoas ligadas a Rodrigo procurando testemunhas do caso, mas que não podia dar detalhes da investigação.
Na época, em entrevista ao Campo Grande News, Cristian Cáceres disse ainda que havia imagens de câmeras de segurança e relatos de testemunhas que possibilitavam formara cronologia do que aconteceu na noite da morte da modelo.
O advogado também listou outras duas situações consideradas suspeitas: o celular e a bolsa com todos os documentos de Nayara não foram encontrados e o apartamento passou por limpeza antes da chegada da perícia policial.
Cáceres citou a contradição entre o depoimento do executivo e o da babá, que estava no apartamento cuidando da filha de Nayara. A mulher disse ter ouvido de algo se quebrando, que pode ser o vaso que estava na sacada e, em seguida, gritos antes da queda da modelo.
Em janeiro deste ano, foi divulgada a informação de que a morte da modelo passou a ser investigada pelo setor específico de apuração de crimes de gênero e violência doméstica do Ministério Público do Chile.
A mudança no rumo das investigações transferiu a responsabilidade do fiscal Omar Mérida, que tratava o caso como homicídio, para a fiscal de um novo setor, Carolina Fuentes Remy-Maillet.