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Cidades

Único hospital que fazia transplante de coração avalia retomar serviço em MS

Equipe da Santa Casa de Campo Grande transplantou órgão pela última vez em 2021

Cassia Modena | 31/08/2023 18:31
Último transplante de coração feito pela instituição foi durante a pandemia (Foto: Divulgação/Santa Casa)
Último transplante de coração feito pela instituição foi durante a pandemia (Foto: Divulgação/Santa Casa)

A Santa Casa de Campo Grande era o único hospital que fazia transplante de coração em Mato Grosso do Sul. O último foi feito em janeiro 2021, quando a pandemia de covid-19 chegava à metade.

De lá para cá, quem precisou fazer e encontrou órgão compatível teve que ser encaminhado para hospital em outro Estado, segundo a coordenação da Central de Transplantes de Mato Grosso do Sul informou. Uma pessoa precisou viajar para fazer a cirurgia este ano.

Com a repercussão do transplante do apresentador Fausto Silva, o "Faustão", a instituição foi questionada sobre os motivos que levaram à não continuidade do serviço no Estado. Nesta quinta-feira (31), esclareceu, por meio da assessoria de imprensa, ter pedido o fim da habilitação ao Ministério da Saúde por ser um procedimento muito oneroso e por, ainda hoje, estar lidando com "os rastros deixados pela covid-19".

"Porém, o hospital está em conversas, está mapeando novamente o serviço para ver se consegue reabilitar de forma pensada, conversada e programada", adiantou, também via assessoria.

Ainda que não faça mais o de coração, a Santa Casa transplanta outros órgãos. Atualmente, são realizados os de rim e córneas, segundo a instituição.

Outros transplantes - Ainda de acordo com a Central de Transplantes do Estado, de 1º de janeiro até 22 de agosto deste ano foram feitos:

  • 121 transplantes de córnea;
  • 21 transplantes de rim;
  • e 2 transplantes de medula óssea autogênicos (da pessoa para si própria).

Como ser doador - A doação de órgãos só é possível quando há morte encefálica do doador. Para isso, é preciso que sejam feitos exames que a comprovem por instituições de saúde.

A autorização da família, após a morte, é o único aval considerado para a captação dos órgãos da pessoa que partiu.

Comunicados por escrito, além de cadastros e formulários disponíveis na internet, e até mesmo tatuagens, não têm validade caso haja negativa da família.

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