"Quadrilha do Chevette" só parou em casa que tinha 3 tipos de trava
Toda a ação, assim como outros furtos feito pelo grupo, foi gravada pelas câmeras de segurança no dia 16 de janeiro
Um portão social incrementado com fechaduras extras, travas elétricas no portão de elevação, muros protegidos por cerca elétricas e câmeras de segurança vigiando por 24 horas. Esse foi o cenário que a “quadrilha do Chevette” encontrou em uma das residências escolhidas como alvo no Carandá Bosque. Mas, ali, os suspeito não conseguiram entrar.
Toda a ação, assim como outros furtos feito pelo grupo, foi gravada pelas câmeras de segurança no dia 16 deste mês, mesmo dia em que os suspeitos furtaram casas no Cabreúva e na Vila Nascente. Nas imagens é possível ver os quatro envolvidos chegarem ao local e tentarem arrombar o portão por três vezes
Depois de “cuidarem o movimento” e tocarem o interfone, para ter certeza de que não havia ninguém em casa, um dos suspeito se afasta, corre e chuta o portão. Sem sucesso, os suspeitos tentam forçar o portão de elevação e, como não conseguem, um segundo integrante do grupo tenta abrir a tranca novamente com um chute.
Essa é a terceira vez que bandidos tentam entrar na casa e por isso, o assessor jurídico, de 41 anos, que preferiu não se identificar, reforçou a segurança. “Meu portão social tem duas fechaduras tetras e o de elevação trava elétrica, foi por isso que não eles não conseguiram entrar, da outra vez chutaram o portão social, mas também não conseguiram arrombar”.
“Por mais que a fechadura seja segura, o chute deles é muito forte, não segura. A lataria do meu portão já é mais grossa e eles conseguiram amassar bastante”, lembrou o morador. Desde a tentativa do furto, o assessor viu os vizinhos seguirem seu exemplo e investirem em novas fechaduras. “Duas vizinhas vão colocar essa fechadura tetra”.
“Essas fechaduras extras ajudam muito. Quanto o bandido chuta o portão ele quebra a lingueta e essas fechaduras reforçam o portão, elas dividem a força, dificilmente vão conseguir arrombar”, explicou Reginaldo Salomão, delegado da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).
Conforme o delegado, a proteção extra nas casas torna o “alvo” mais difícil e muitas vezes impede os crime. “As travas no portão de elevação funcionam igual. Ela vai travar a base e com isso eles não conseguem forçar o portão. O que tem ajudado muito também são as redes de solidariedade, em WhatsApp. Combinar se alguém ver uma movimentação estranha acionar a polícia. Essa troca de informações é muito legal”, defendeu o delegado.
No Carandá, ainda muito antes do furto, os vizinhos se uniram para tentar garantir um pouco mais de segurança. “Temos um grupo no WhastApp, um vizinho ajuda o outro, mas ainda assim é complicado. Comentei com um vizinha que daqui uns dias nossa casa vai parecer aqueles muros de presídio”, lamentou.
Segurança - No mercado, aqueles que querem investir em segurança encontram uma variedade de opções que no prática servem “para dificultar” a vidas dos assaltantes.
Alarmes monitorados, que permite ao morador receber um comunicado assim que a casa for invadida, circuito de câmeras cada vez mais avançados que podem ser acessados pelos proprietário por um aplicativo de celular, cercas, travas elétricas que trabalham junto com o motor de elevação e sensores de movimento também para os portões, são algumas dos serviços oferecido por por empresas de segurança.
“Os sensores nos portões avisam o momento em que alguém tenta arrombar e um segurança é enviado para verificar. A travas elétricas também são indicadas nesses casos e hoje o morador pode monitorar o que acontece dentro da casa em tempo real”, garantiu a gerente de uma dessas empresas - localizada na Avenida Eduardo Elias Zahran.
A quadrilha - Os quatro suspeitos foram identificados pela polícia e um deles acabou preso em flagrante na sexta-feira (20). Lucas Rodrigues Godoy, de 23 anos, foi apontado como o motorista do Chevette, que acabou apreendido por investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 4ª Delegacia de Polícia Civil, do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da 3ª Delegacia.
Ainda estão foragidos Gustavo Canhete Conceição, o Vó, 21 anos (o que aparece vestido de preto nas filmagens) e os irmãos Jhon Peter Lucas de Lima, 21 anos, e João Vitor Lucas de Lima, 18 anos. Dos quatro apenas Lucas não tinha passagem pela polícia. Os outros três são fichados e estão foragidos do sistema prisional.
Vejo o vídeo: