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Capital

À espera do asfalto, região do Lagoa tem expansão da rede de saúde

Aline dos Santos e Kleber Clajus | 21/05/2014 12:06
Edvaldo Santana pediu parque infantil, pista de skate e piso para salão. (Foto: Kleber Clajus)
Edvaldo Santana pediu parque infantil, pista de skate e piso para salão. (Foto: Kleber Clajus)

Com 140 mil moradores, a região do Lagoa recebe investimentos em saúde, mas ainda vê ficar no papel o sonho do asfalto nos bairros Santa Emília e São Conrado. O cenário da infraestrutura na região foi traçado nesta quarta-feira durante audiência pública, realizada na Câmara Municipal de Campo Grande. A Prefeitura enviou representantes de todas as secretarias, enquanto o Poder Legislativo participou com 12 vereadores.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), até agosto será entregue a UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Fernanda, no valor de R$ 1 milhão. A obra está 99% concluída, restando fazer a entrada da unidade e ligação da energia elétrica.

Já as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon e Santa Mônica estão 70% concluídas. A unidade do Santa Mônica também será referência para Terenos, Guia Lopes e Bodoquena. Na área de Saúde, ainda serão licitadas 23 reformas e cinco ampliações de postos e implantação de 13 academias ao ar livre.

Sobre o asfalto, a única previsão de recurso é uma emenda parlamentar , no valor de R$ 800 mil, proposta ao Orçamento para pavimentação no Tijuca 2. De acordo com o titular da Seintrha (Secretaria de Transporte, Infraestrutura e Habitação), Semy Ferraz, são necessários R$ 82 milhões para asfalto e drenagem no Santa Emília e São Conrado.

“A demanda por asfalto é muito grande”, afirma o secretário. Segundo ele, os empreendimentos deveriam ser obrigados a disponibilizarem pavimentação, água e energia.

A Prefeitura mantêm o cascalhamento e a limpeza nos bairros da região do Lagoa. “Fizemos um grupo extra para uma ação de limpeza que não era realizada há três anos. O nosso cronograma de limpeza da cidade, que terminaria em setembro, vai até novembro”, diz.

De escola a piso – Durante a audiência, as lideranças dos bairros pediram escola, praça, parque infantil, pista de skate e até piso. Representante do Tijuca 2, Atílio Gregório Lescano cobrou responsabilidade do poder público no atendimento das demandas da comunidade. “O bairro possui 40 anos de existência e estamos a mercê do lixo e matagais. Não tem praça de lazer também”, reclama.

O morador Diego Garcia Ferreira quer a implantação de uma escola na Vila Fernanda, bairro onde serão inaugurados os conjuntos residenciais Celina Jallad e João Amorim. “Vão entregar as casas, mas onde as crianças vão estudar? É um problema gravíssimo”, alerta.

Presidente dos bairros Caiçara e Jardim Anahy, Edvaldo Santana relatou a falta de parque infantil, pista de skate e cerca para evitar depredação da academia ao ar livre. Ele também pediu auxílio para colocação de piso no salão social da associação.

A audiência pública foi acompanhada pelos vereadores Gilmar da Cruz (PRB); Zeca do PT; Mário César (PMDB); Carla Stephanini (PMDB); Paulo Siufi (PMDB); Waldecy Batista Nunes (PP), o Chocolate; Chiquinho Telles (PSD); Otávio Trad (PtdoB); Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão; Edson Shimabukuro (PTB); Delei Pinheiro (PSD); e Paulo Pedra (PDT).

A reunião desta quarta-feira foi a terceira de nove audiências públicas a serem realizadas, contemplando todas as áreas administrativas de Campo Grande, além dos distritos de Anhanduí e Rochedinho.

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