“Ainda fez chacota”, diz família sobre suspeito de matar adolescente esfaqueado
Procurado pelo crime também é adolescente e mora no no mesmo bairro da vítima
Familiares e amigos estão inconformados com a morte precoce do adolescente de 17 anos, esfaqueado no abdômen e no peito numa festa, na Rua Cláudio Manoel da Costa, no Bairro Nova Lima, na madrugada de domingo (3). Ele chegou a ser socorrido para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Bahia, mas não resistiu.
Nesta manhã, durante o velório numa Pax da Avenida Presidente Ernesto Geisel, a família disse que ainda não sabe o motivo da briga que terminou em tragédia e pediu por Justiça. O garoto será sepultado por volta das 10h no cemitério Jardim da Paz.
O suspeito do crime, também tem 17 anos, é conhecido no bairro e ainda não foi localizado. Segundo Thays Cristina Rodrigues Pinheiro, 31 anos, irmã do garoto, depois que o irmão faleceu, os amigos fizeram uma live lamentando a morte e o autor ainda teve coragem de comentar no vídeo e fazer chacota dizendo: “antes chorar a mãe dele do que a minha”, contou.
O garoto esfaqueado era o filho caçula dos homens, no total de dez irmãos. Ele morava com a avó no Bairro Nova Lima. Conforme Thays, estava dormindo quando ficou sabendo que o irmão havia sido ferido a golpes de faca, na sequência, por volta das 2h de domingo, recebeu informação da morte do adolescente, após duas paradas cardiorrespiratórias.
Sobre o crime, os familiares ainda não sabem muita coisa. “O que a gente sabe é que ele estava numa festa. Lá, teve uma uma briga generalizada, um grupo de meninos segurou ele e o autor deu as facadas. Ele caiu no chão e os donos da casa, pais da menina que fazia a festa, não prestaram socorro. Dizem que chamaram o Samu, mas ele acabou sendo socorrido pelos amigos do bairro”, lamentou Thays.
“Meu irmão não estava envolvido com nada de errado. Ele estudava, trabalhava, era do Instituto Mirim. Muito triste. Quando a pessoa mexe com coisa errada, a gente espera o pior, mas como o menino é bom, é triste saber que ele foi morto assim. Ele corria atrás das coisas dele trabalhando, nunca mexeu em nada de ninguém”, desabafou. Sobre o suspeito, a família pede que ele seja responsabilizado. “A gente sabe que ele é menor e como é a lei nestes casos. Mas queremos que ele responda pelo que cometeu e se entregue”.
Muito emocionada, Denise Rodrigues Pinheiro, mãe do garoto, mostrou à equipe de reportagem a coroa de flores que a Escola Estadual Ada Teixeira do Santos Pereira havia mandado em homenagem ao filho. “Ele era muito querido no Instituto Mirim, na escola. O pessoal da Mirim já veio aqui. Um menino sem defeitos, exemplar mesmo, foi um erro, uma fatalidade”, lamentou.
O nome dos adolescentes, tanto do suspeito quanto da vítima, foi omitido para preservar a identidade, como prevê o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
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