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Capital

Alunos prometem esforço máximo e se alegram em rever professor na sala de aula

“Vou estudar ao máximo para tentar recuperar o que não consegui aprender”, diz Edson

Aline dos Santos, Caroline Maldonado e Cristiano Arruda | 02/08/2021 07:29
Edson Marquez retornou ao ensino presencial na escola Hércules Maymone. (Foto: Marcos Maluf)
Edson Marquez retornou ao ensino presencial na escola Hércules Maymone. (Foto: Marcos Maluf)

O retorno dos alunos da rede estadual ao ensino presencial nesta segunda-feira (dia 2), é marcado pela expectativa de recuperar o tempo perdido. Os estudantes prometem esforço máximo e se mostram animados em poder contar com o professor na sala de aula.

“Realmente, o ensino remoto foi muito ruim. É muito mais difícil aprender quando não tem professor explicando. Às vezes, quando precisava falar, o professor não estava à disposição. Essa foi a dificuldade do ensino remoto. Mas vou estudar ao máximo para tentar recuperar o que não consegui aprender”, afirma Edson Cláudio Marquez, 17 anos. Ele é aluno do terceiro ano do Ensino Médio na escola estadual Hércules Maymone, em Campo Grande.

Carlos Eduardo Annes, 15 anos, que cursa o primeiro ano do Ensino Médio, conta que vai priorizar as matérias que tem maior dificuldade. “Eu espero que os professores consigam nos ensinar o que não conseguiram nas aulas remotas, embora eles tenham tentado. O ensino foi muito fragmentado, muitas vezes não dava para falar com eles”, diz o estudante.

Aluna do nono ano do Ensino Fundamental, Beatriz de Paula, 14 anos, afirma que, apesar das dificuldades, acabou se acostumando a estudar em casa. “Estou me esforçando e a estratégia agora é focar nas matérias que estou com dificuldade”.

Já Gustavo Dias, de 17 anos e aluno do terceiro ano, contou que espera recuperar o tempo perdido, ainda mais agora que está no terceiro ano e pretende prestar o Enem. "Quero aproveitar e recuperar os dias perdidos, tentar absorver mais dos professores, o que eu puder, para me dar bem", frisa.

Outra que aluna, também do terceiro ano e com 17 anos, Ana Cristina diz preferir "mil vezes" voltar para presencial. "Com internet ruim e celular impróprio fica ruim estudar. Para quem quer arriscar no Enem o ideal é voltar mesmo. Em casa tenho muita dificuldade", conta a estudante enquanto se dirigia ao colégio.

"Cheguei de viagem recentemente e nunca tive dificuldade para estudar em casa, me sai bem. Porém, acredito que será melhor voltar. Dá para absorver muito mais em sala de aula do que em casa", opina Fellype Morel, mais um aluno do terceiro ano.

Volta às aulas presenciais segue orientações do Prosseguir, que divide Estado em bandeiras. (Foto: Marcos Maluf)
Volta às aulas presenciais segue orientações do Prosseguir, que divide Estado em bandeiras. (Foto: Marcos Maluf)

Nesta segunda-feira, a rede estadual de ensino, que conta com mais de 200 mil estudantes, voltam às aulas presenciais de forma escalonada, conforme a bandeira do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia).

No município classificado na bandeira cinza (risco extremo), serão permitidos nove alunos por sala (cota presencial de 30%). Na cidade que tiver bandeira vermelha (risco alto), a cota presencial é de 50% (15 estudantes em sala).

Na cor laranja (risco médio), serão 21 estudantes em sala (cota presencial de 70%). A cor amarela indica grau tolerável, com 90% de cota presencial (27 estudantes por sala). Por fim, bandeira verde, indicativa de risco baixo, permite ocupação de 100% (30 alunos por sala).

O Prosseguir válido até 11 de agosto mostra o Estado tingido nas cores vermelha (38 municípios), laranja (31 cidades) e amarelo (10 municípios). Campo Grande, por exemplo, tem bandeira vermelha, portanto a cota de alunos presenciais na rede estadual é de 50%. Mesma classificação das maiores cidades do interior: Dourados, Três Lagoas, Corumbá e Ponta Porã.

No retorno, Carlos Eduardo vai priorizar matérias que tem maior dificuldade. (Foto: Marcos Maluf)
No retorno, Carlos Eduardo vai priorizar matérias que tem maior dificuldade. (Foto: Marcos Maluf)


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