Apesar de ordem de retirada, bancas do jogo do bicho seguem intactas em calçadas
Veja a lista e os endereços das estruturas que têm de sumir das vias públicas em 10 dias
Um dia depois da determinação da prefeitura para retirada das bancas do jogo do bicho em Campo Grande, as estruturas metálicas citadas em lista divulgada em diário oficial permanecem nos mesmos lugares. Além disso, embora lacradas, o Campo Grande News apurou nesta semana que as atividade continuam, de maneira ambulante.
A pedido da Polícia Civil, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) determinou a retirada de 82 unidades de apostas das calçadas da cidade, identificadas na Operação Black Cat - que foi às ruas em setembro para coibir a contravenção.
A reportagem foi no Centro e em bairros das zonas norte e oeste da cidade, e constatou que algumas das estruturas estavam lacradas nos mesmos lugares, sem qualquer sinal de que se tentou removê-las.
O prazo de 10 dias teve início nessa quarta-feira (25), quando edital foi publicado com a lista, com bancas em 48 bairros da Capital. Caso a ordem não seja obedecida, a estrutura será removida pela secretaria.
Operação Omertà - A lista havia sido encaminhada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), que havia deflagrado a Operação Black Cat no dia 23 de setembro deste ano. Naquele dia, 30 apontadores foram levados à delegacia, assinaram TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e foram liberados.
A operação faz parte da 4ª fase da Operação Omertà, deflagrada há um ano contra a milícia armada cujo chefe, segundo a acusação, é o empresário Jamil Name. A ele também havia sido atribuído o comando da exploração do jogo do bicho, com o “Gato Preto”. Name está preso desde 27 de setembro de 2019.
Um mês depois da operação, a reportagem do Campo Grande News constatou que o jogo do bicho continuava normalmente, mas de forma ambulante, com apontadores circulando pela região para atender a clientela.
Recentes investigações mostram que grupo do Rio de Janeiro está assumindo o negócio ilegal, começando por Aquidauana e São Gabriel do Oeste, operadas pela banca "Gato Preto".