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Capital

Após duas semanas de vida, gêmeas siamesas morrem na Santa Casa

Os bebês nasceram com 35 semanas (equivalente a oito meses), e juntos pesavam 3,8 quilos. Elas nasceram no dia 3 de janeiro

Viviane Oliveira | 20/01/2020 08:43
Gêmeas sobreviveram apenas 16 dias. Elas estavam interligadas pelo tórax  (Foto: Divulgação/Santa Casa)
Gêmeas sobreviveram apenas 16 dias. Elas estavam interligadas pelo tórax (Foto: Divulgação/Santa Casa)

As gêmeas siamesas Maria Júlia e Luna Vitória, que nasceram com o tórax interligado, morreram na noite de ontem (19), na Santa Casa de Campo Grande. Elas sofreram parada cardiorrespiratória, foram reanimadas pela equipe médica, mas sem sucesso. O óbito foi constatado por volta das 20h35. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, foram utilizadas todas as mediações e manobras previstas na SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

Nascidos em 3 de janeiro, os bebês vieram ao mundo com 35 semanas (equivalente a oito meses), e juntos pesavam 3,8 quilos. Durante duas semanas que ficaram no hospital, vários exames foram feitos, mas não foi informado que órgãos, as meninas, que aparecem abraçadinhas na foto, compartilham.

As irmãs Maria Júlia e Luna Vitória estavam na UTI neonatal (Unidade de Terapia Intensiva). Elas receberam acompanhamento da equipe médica clínica e cirúrgica multidisciplinar. Ainda não havia definição em relação à cirurgia de separação, que dependia do quadro das meninas ficar estável.

De acordo com a Santa Casa, nascimento de gêmeas xifópagas, mais conhecida por siamesas, tem incidência de 1 para cada 100 mil nascidos vivos. Em geral, no mundo, somente 18% dos gêmeos nessa condição sobrevivem. A decisão em relação ao manejo clínico e cirurgia de separação depende da anatomia interna em relação a quais órgãos e de que forma são compartilhado.

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