“Árvore assassina” tem galhos podados, mas remoção segue incerta
Poder público ainda pode reavaliar possibilidade de remoção; vegetação compromete acessibilidade de calçada
Conhecida pela vizinhança como “árvore assassina”, figueira de mais de 80 anos, que causou acidentes na Rua Dr. Pacífico Lopes Siqueira, no Jardim América, em Campo Grande, teve vários galhos cortados por equipes da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana). Contudo, conforme apurado nesta segunda-feira (13), acessibilidade no local segue prejudicada, já que a vegetação toma toda a calçada.
O apelido da figueira foi dado por moradores da região, que afirmam que galhos já atingiram pedestres. O empresário Helmuth Maaz, 85, declarou em reportagem publicada pelo Campo Grande News que dois funcionários já se machucaram.
O gerente da construtora em frente à árvore, Bruno Costa, de 32 anos, afirmou que depois da repercussão sobre a situação, a prefeitura foi até o local fazer um “cuidado paliativo”, removendo galhos que ofereciam risco de cair. “A Semadur ficou um dia inteiro realizando as podas. Toda vez que chovia, o galho batia forte na telha e a gente sempre ficava com medo de cair, mas aí foi cortado”.

“A prefeitura até ficou com medo de cortar e quebrar as telhas, mas era melhor quebrar sabendo do que quebrar quando a gente menos espera. No final, só duas telhas de eternit quebraram e já conseguimos repor. Foi melhor para nossa segurança”.
Ele afirmou que a prefeitura já está ciente da situação e que os moradores entraram com pedido judicial para que a remoção seja feita pelo poder público. Além disso, ele comentou que o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) deverá vistoriar o local, por se tratar de um bem da União. “A respeito da retirada total da árvore, já entramos com advogado”.
“Os trâmites ainda estão na prefeitura, na parte de intimação, da secretaria responsável. Mas somente por meio jurídico iremos conseguir retirar. Nos passaram que era preciso até visita do Ibama, por se tratar de uma árvore centenária, com mais de 80 anos. Mas a poda já trouxe um alívio”.
A preocupação dele e de vizinhos é com a segurança dos moradores, que podem sofrer lesões com a queda de galhos e afins, como também em relação à acessibilidade, já que é impossível transitar na calçada.
Procurada, a prefeitura não respondeu aos questionamentos do Campo Grande News. Conforme nota de agosto de 2022, vistoria fiscal na árvore recomendava apenas poda dos galhos secos que apresentam riscos de queda, podendo ser feita pelo proprietário ou pelo município.