Candidatos adventistas reclamam da jornada de espera para fazer Enem
A maior parte dos candidatos adventistas que fará a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) neste fim de semana, em Campo Grande, considera cansativa e ansiosa a jornada de espera por qual precisam passar para fazer o exame. No colégio Joaquim Murtinho, alguns entrevistados pelo Campo Grande News defenderam o horário diferenciado de entrada para amenizar o desgaste.
Por causa da religião, os sabatistas só podem iniciar o exame após o por do sol. No entanto, precisam chegar no mesmo horário que os outros candidatos. Em uma sala fechada, eles aguardam a hora da prova. O exame começa às 18 horas e termina às 23 horas.
Pela segunda vez, o estudante adventista Alex Dias Lima, 16 anos, passa pelo sacrifício de chegar cedo. Segundo ele, o difícil é controlar a ansiedade. “O ruim de ter que entrar agora é que deixa as pessoas ainda mais ansiosas”, disse Alex que pretende fazer medicina.
A saída para o problema é mudar as regras, como afirmou o maqueiro Antônio Paulo, 22 anos. “Seria melhor se pudéssemos entrar mais tarde. O ideal seria entrar bem próximo ao por do sol”, definiu.
Pietra Amarilia, 17 anos, concorda com o namorado Antônio Paulo. Cursando o Enem pela primeira vez, ela critica a hora de entrada e alega o desgaste mental como o maior dos males para os candidatos. “Entrar meio dia e ficar até o por do sol desgasta mentalmente”.
Antônio ainda não decidiu o curso e está em dúvida entre três opções -enfermagem, psicologia e fisioterapia. Já Pietra quer fazer psicologia.
A espera de seis horas para fazer a prova não prejudica, segundo a estudante Aniele Silva, 17 anos. Mas o cansaço é grande, diz ela.
Prova- Às 11 horas, quando os portões abriram, já tinha fila do lado de fora no colégio Joaquim Murtinho, na Avenida Afonso Pena.
Elizangela dos Santos Pereira, 34, está fazendo o Enem pela segunda vez. Na primeira oportunidade passou para biologia, mas desistiu do curso por causa das aulas aos sábados que ela não poderia cursar. Agora, Elizangela está em dúvida entre história, pedagogia e administração. “Não me preparei. Vim com a cara e com a coragem”, disse.
Já o estudante Vitor Fonseca, 16 anos, fez até cursinho para o Exame Nacional. Candidato pela primera vez, Vitor já sabe o que quer, artes visuais.