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Capital

Com PRF preso, polícia deve encerrar investigação nesta sexta-feira

Delegada explica que tem prazo de 10 dias para encerrar inquérito

Luana Rodrigues | 12/01/2017 15:58
Reprodução simulada do crime foi realizada nesta quarta-feira (11). (Foto: Marcos Ermínio)
Reprodução simulada do crime foi realizada nesta quarta-feira (11). (Foto: Marcos Ermínio)

A Polícia Civil dará fim ao inquérito que investiga a morte do empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, nesta sexta-feira (13). A informação é da delegada que investiga o caso, Daniella Kades.

Em entrevista concedida à assessoria de imprensa da Polícia Civil, a delegada explica que a pressa para encerrar o inquérito é devido ao fato de o autor, o policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, 47 anos, estar preso.

“Como envolve réu preso, o prazo para conclusão do inquérito policial é dez dias, que encerraria no próximo sábado, mas por se tratar de réu preso, será concluído nesta sexta-feira”, explicou a delegada.

Moon está preso em uma cela do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) desde o dia 5 de janeiro. Sua defesa está sob responsabilidade de Renê Siufi, pago por meio de vaquinha entre colegas do PRF. O advogado disse que só irá se manifestar após o fim das investigações.

Versões – Ainda segundo entrevista da delegada, a reprodução simulada do crime, realizada nesta quarta-feira (11), servirá para tirar dúvidas sobre as versões apresentadas sobre o fato.

O crime, ocorrido na manhã de 31 de dezembro de 2016, um sábado, teria começado após uma briga no trânsito. Na versão do policial, que é lotado na PRF (Polícia Rodoviária Federal) e seguia em um Mitsubishi Pajeto para a rodoviária, o condutor da Hilux provocou suspeita pela forma que dirigia e fez a abordagem após ter sido fechado.

Ele reforçou que sempre se identificou como policial. Na reconstituição, Ricardo usou colete à prova de balas e a polícia interditou dois trechos da avenida, o que resultou em congestionamento por volta das 7h, horário de pico no trânsito.

Com a morte de Adriano, a versão sobre o que aconteceu naquele sábado foi dada pelos passageiros Agnaldo Espinosa da Silva, 48 anos, e seu filho de 17 anos, que foi baleado. Eles afirmam que Ricardo não se identificou como policial e que não tiveram conduta capaz de justificar os disparos efetuados pelo PRF. Pai e filho contam que houve troca de ofensas.

Tanto autor, quanto vítimas participaram da reconstituição e reforçaram suas versões. Uma testemunha, que teria visto como tudo aconteceu, também participou da simulação, conforme a delegada.

Na quarta-feira, Daniela Kades não falou com a imprensa. A polícia informou que circunstância e andamento das investigações serão divulgadas em coletiva de imprensa agendada para às 8h30 do dia 17 deste mês.

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