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Capital

Concurseiros fazem "plantão" em frente a local de prova da PF na Capital

Paula Maciulevicius Brasil e Mariana Rodrigues | 23/05/2021 10:49
O portão para quem vai fazer a prova da tarde só abre a partir das 11h30. (Foto: Marcos Maluf)
O portão para quem vai fazer a prova da tarde só abre a partir das 11h30. (Foto: Marcos Maluf)

Quem passa pela frente da Uniderp, na Rua Ceará, já percebe o movimento dos concurseiros que vão realizar a prova para a Polícia Federal na parte da tarde. Desde de manhã, candidatos disputam as 1,5 mil vagas que o concurso oferece para cargos de escrivão, agente, delegado e papiloscopista.

O portão para quem vai fazer a prova da tarde só abre a partir das 11h30, mas já tem quem esteja ali na frente aproveitando o tempo para revisar as últimas anotações. Dentro do prédio, os candidatos ao cargo de delegado já estão fazendo o exame deste cedo.

Vindo de Andradina, no interior de São Paulo, o funcionário público Celso Pereira Martins, de 44 anos, conta que dormiu na rodoviária e chegou bem cedinho ao local da prova.

Celso aproveita o tempo para revisar anotações. (Foto: Marcos Maluf)
Celso aproveita o tempo para revisar anotações. (Foto: Marcos Maluf)

"Procurei hotel barato e não consegui, aí passei a noite lá e vim cedo. Vale tudo para garantir a prova", comenta. Com folhas de anotações nas mãos, ele ainda diz que aproveita o tempo que falta para revisar.

"Concurseiro", como se denomina, Celso explica que veio fazer a prova para conhecer mesmo, já que não vinha estudando especificamente para a Polícia Federal. "É o concurso que mais chama atenção mesmo, é preciso arriscar", completa. Terminando a prova ele retorna à cidade natal.

Concurso também, Carlos Júnior, de 29 anos, veio de Nova Andradina de carona com um amigo e chegou hoje mesmo para fazer a prova. "Não estudo especificamente para o da PF, vim mais para ver como é", fala.

Carlos diz que prova chama atenção e por isso fará de "teste". (Foto: Marcos Maluf)
Carlos diz que prova chama atenção e por isso fará de "teste". (Foto: Marcos Maluf)

Carlos já foi aprovado em concursos como da Polícia Militar e Polícia Penal de Santa Catarina e Polícia Militar de São Paulo. Em nenhum deles tomou posse. "O que vem desmotivando a gente é que a pandemia cancelou vários concursos e depois eles voltaram, mas com datas muito próximas", comenta.

Vindo de Presidente Prudente, um grupo de 30 candidatos também veio tentar a vaga na prova realizada em Campo Grande. A excursão foi deixando cada um em seu local de prova e na Uniderp, eram seis candidatos.

Concurseira, Bianka Novaes Santos, de 23 anos, fala que a maioria veio para saber como é a prova e que hoje mesmo retornam para casa. "A gente vai estudante e o que aparece de prova vamos fazendo. A expectativa é passar", explica.

As 1,5 mil vagas para a Polícia Federal estão previstas para Mato Grosso do Sul, além de outros sete estados e unidades da fronteira. Sendo 123 para delegados, 893 para agentes, 400 para escrivães e 84 para papiloscopistas. Destas, há reserva cotistas negros e pessoas com deficiência.

O salário previsto no edital é de R$ 23.692,74 para delegados e R$ 12.522,50 para agentes, escrivães e papiloscopistas.

Grupo veio de Presidente Prudente para tentar vaga de agente da Polícia Federal. (Foto: Marcos Maluf)
Grupo veio de Presidente Prudente para tentar vaga de agente da Polícia Federal. (Foto: Marcos Maluf)

A prova que inicialmente estava marcada para o dia 21 de março, foi adiada por conta das medidas restritivas adotadas pelos estados para conter o avanço da pandemia da covid-19. Na semana passada, o MPF (Ministério Público Federal) tentou adiar novamente a prova sob argumento de proteger a saúde dos candidatos e profissionais envolvidos na seleção, mas não conseguiu e as provas ocorreram normalmente.

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