Contra o cerol, 200 antenas de proteção são entregues a motociclistas
Ciclistas que trafegavam pela BR-163 receberam adesivos refletivos
“A gente tem que se cuidar”, diz o contador que participou de ação que distribuiu antenas para motociclistas na manhã desta quarta-feira (8), na tentativa de evitar incidentes com linhas de pipa com cerol. Já para os ciclistas que trafegavam pela BR-163 foram entregues adesivos refletivos.
RESUMO
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Um evento realizado pela CCR MS Via e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) teve como objetivo conscientizar motociclistas e ciclistas sobre segurança nas rodovias. Durante a ação, foram distribuídas antenas para motociclistas e adesivos refletivos para ciclistas, enfatizando a importância da visibilidade e do cuidado ao trafegar, especialmente em períodos de férias escolares, quando o uso de pipas com cerol aumenta o risco de acidentes. O coordenador da CCR destacou que, apesar do número elevado de acidentes, as iniciativas de conscientização têm contribuído para a redução das colisões e da irregularidade entre motociclistas.
O evento foi realizado pela CCR MS Via e a PRF (Polícia Rodoviária Federal), com o objetivo principal de conscientizar. Conforme o chefe substituto do núcleo de comunicação da PRF, Fábio Sodré, ciclistas e motociclistas precisam redobrar a atenção ao trafegar em rodovias.
“Nós estamos conversando com eles, ajudando inclusive na sinalização com dispositivos refletivos. Para os motociclistas essa antena corta a linha também, que ajuda na segurança, principalmente com relação ao cerol. Então, todos esses cuidados a gente tem para mostrar para eles a importância que as instituições dão para eles que são mais vulneráveis”, explicou.
Ainda explicando que, apesar de não ser tão comum, mesmo em rodovias podem ser registrados acidentes com linhas de cerol. Segundo o detalhado, o risco desse tipo de acidente ocorrer aumenta neste período do ano por conta das férias escolares.
O Wendel Menezes, de 30 anos, é um dos motociclistas que participou da ação. O contador conta que não trafegava pela rodovia nesta manhã, mas foi até a ação depois que foi avisado por uma amiga.
“Eu morava no Rio de Janeiro, então lá é muita pipa e tem que usar esse aqui [a antena], é obrigatório. Aí eu falei, vou lá, porque a gente tem que se cuidar e querendo ou não, aqui também lá no meu bairro tem pipa demais, às vezes com cerol, infelizmente”, contou.
Para Wendel a conscientização é importante não apenas para os motociclistas, mas também para a população em geral. “Tem que conscientizar as pessoas a não usar pipa com cerol, porque querendo ou não pode causar um acidente, que às vezes é fatal.[...] Todo motoqueiro tem que usar isso aqui [antena], porque é a segurança dele mesmo”.
Segundo o coordenador de operações da CCR, Sírio Rodrigues, muitos acidentes que ocorrem no anel viário ocorrem por uma direção perigosa. Conforme relatado, os principais casos são ultrapassar em faixa contínua, trafegar no acostamento, não respeitar a distância entre veículos e trafegar no ponto cego de veículos maiores.
Ainda é detalhado que no ano de 2023, ao longo dos 28 km do anel viário da BR 163, foram registrados 100 acidentes envolvendo motociclistas. No ano seguinte, foram 104 acidentes. Sírio explica que apesar do alto índice, as ações de conscientização vem reduzindo o número de colisões envolvendo esse público.
“Se a gente pegar os anos anteriores a 2023, os números eram muito maiores, inclusive com casos de óbitos. Esse número vem caindo em decorrência das ações que a gente vem fazendo com a PRF [...] as ações de fiscalização também têm diminuído o número de motociclistas que andam irregulares”, detalha Sírio.
Ciclistas - Outro público da ação eram os ciclistas, que receberam faixas refletivas para sinalizar suas bicicletas. Para Sírio, este público é mais vulnerável do que os motociclistas. “O ciclista acaba que eles trafegam somente no acostamento e eles não são tão vistos quanto poderiam ser”.
Durante a ação foi explicado para os ciclistas a importância de “se fazer ser visto” para evitar acidentes durante o trajeto. Outro ponto que foi reforçado é a diferença entre o tráfego urbano e o tráfego em rodovias. “No perímetro rodoviário ele tem um perigo maior, se potencializa um pouco mais porque se identifica o fluxo de veículos pesados”.
Mesmo trafegando diariamente na rodovia e possuindo adesivos reflexivos, Julião Robson, de 58 anos, conta que já passou “susto” durante o trajeto que realiza. O homem ainda relata que precisa percorrer 15 km da BR-163 para se deslocar de sua casa até o seu local de trabalho.
Enquanto retornava para casa, Julião aproveitou a ação para trocar os adesivos refletivos que estavam na sua bicicleta. “O motorista pode enxergar melhor a gente, porque, por exemplo, a minha bicicleta é comum, não tem farol, não tem pisca. Agora, com o refletivo, fica mais fácil de nos visualizar”, comentou.
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