Defesa de piloto preso com 500 kg de cocaína pede liberdade provisória
Foragido desde 18 de janeiro, Leandro Muller de Paula foi preso pela Polícia Federal na sexta-feira (15)
A defesa de Leandro Muller de Paula, empresário preso pela Polícia Federal após pousar em uma plantação de soja situada em Santa Cruz do Rio Pardo (SP) com cerca de 500 quilos de cocaína após interceptação da FAB (Força Aérea Brasileira), pediu a liberdade provisória nesta segunda-feira (18).
De acordo com os autos, que estavam em sigilo até a captura de Leandro, o empresário teve a prisão preventiva decretada desde 18 de janeiro, juntamente à ação de quebra de sigilo bancário, busca e apreensão de bens. Ele possui registro de piloto junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e consta como proprietário do modelo utilizado no crime desde março de 2021.
O cumprimento da prisão se deu na sexta-feira (15), em Campo Grande. A partir de agora, o caso aguarda a manifestação do MPF (Ministério Público Federal) e as representações complementares para tomar uma decisão.
Conforme noticiado, a suspeita é de que Leandro prestava serviços para quadrilhas envolvidas com o tráfico internacional de cocaína. Segundo o portal Estadão, o avião foi detectado pelo Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e de Controle Aéreo) quando cruzou a fronteira do Paraguai com o Brasil, em Mato Grosso do Sul, na quarta-feira (13).
Dois caças A-29 Super Tucano passaram a acompanhar a aeronave, que não havia apresentado plano de voo. Confirmada a suspeita de voo clandestino, o comandante de um dos caças deu ordem ao piloto para pouso imediato em aeroporto ou aeródromo.
O piloto do avião clandestino fez pouso forçado em uma plantação de soja no interior paulista. Conforme a polícia local, testemunhas informaram que duas pessoas abandonaram a aeronave e fugiram até uma mata.
A Polícia Federal, no entanto, disse que apenas o piloto estava no avião, que tinha a cabine abarrotada de droga. A pesagem apontou 528 quilos de cocaína, carga avaliada em mais de R$ 15 milhões.
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