Em dia de chuva, rua some sob as águas e monte de lixo é o que fica no caminho

Em dia de chuva forte, a assistente bibliotecária Maria de Fátima Souza Dias, 58 anos, já sabe que ela e os vizinhos do Residencial Jardim Canguru terão desafio para tentar sair de casa. A enxurrada desce na rua sem asfalto e chega na parte pavimentada com muito lixo e lama.

Na segunda-feira (2), o Campo Grande News mostrou a situação da Rua Betoia, em frente ao residencial, em dia de chuva. Hoje, não foi diferente.

“É muito difícil passar, a água chega no meio das canelas”, disse a moradora. Hoje, a chuvarada já deixou a rastro em frente ao residencial: são galhos, restos de roupas, tênis velho e muita lama. Maria de Fátima conta que as mães têm dificuldade para levar os filhos à escola, principalmente os cadeirantes. “Forma um monte de areia bem no rumo da calçada”, diz.

Os moradores já pediram a mudança do ponto de ônibus na Rua Catiguá para local mais próximo do residencial, mas, segundo ela, a resposta da prefeitura é que justamente o fato de alagar no entorno impossibilita a transferência.

Aí, o jeito é improvisar. “A gente veste sacola nos pés, nas pernas, tem gente que vai descalço e no ponto de ônibus coloca calçado para se ajeitar”, diz a moradora. “Carro de aplicativo nem chega aqui dia que chove”.