Em uma única semana, casal encontra três escorpiões em casa e expõe preocupação

Com casos de ataques de escorpiões, família relata preocupação após encontrar três animais da espécie em casa, em uma única semana. Morando na Rua das Dálias, Ana Claudia Honorato, de 25 anos, relata que a situação começou a ocorrer na última semana. A preocupação da mãe é com os filhos pequenos, de 2 e 7 anos.

Para o Campo Grande News, a mãe explica que próximo à casa há uma estação de tratamento de esgoto sem tampas e isso pode estar facilitando o surgimento dos escorpiões. O terreno que cerca a estação foi tomado pelo matagal e tem lixo.

“Desde semana passada está aparecendo escorpião sem parar, não só escorpiões, mas muitos bichos, ratos e baratas também. Meu marido ligou no CCZ para ver se eles poderiam vir aqui jogar algum veneno e eles ficaram de vir essa semana. Também falamos com as Águas Guariroba, mas eles não fazem nada”, disse.

Na última semana, Claudia encontrou o primeiro escorpião no seu quarto, quase entrando no local onde ela guarda as cobertas da família. Ao compartilhar um alerta em um grupo de mensagens do bairro, outras famílias começaram a dizer que passaram pela mesma situação.

“Aqui no bairro está tendo muita infestação, ainda mais nesta região onde fica com essa fossa gigantesca aberta e escorrendo água. Sempre temos que tomar cuidado redobrado”, contou a mãe.

Mesmo tomando algumas precauções como sempre mantendo o quintal limpo, Cláudia relata que dois dos escorpiões encontrados estavam no terreno. Para prevenir um possível contato dos filhos com o escorpião, os pais já explicaram o que fazer. Ficar longe e chamar um adulto na hora.

A assessoria da concessionária Águas Guariroba informou que já havia recebido a reclamação e as tampas da estação de tratamento de esgoto foram furtadas. “Estamos com uma equipe na região para fazer a substituição por tampas de plástico e de concreto para evitar que aconteça novamente”, disse.

Assistência - Para a reportagem foi informado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) que a CCZ (Coordenadoria de Controle de Zoonoses) faz o monitoramento de todas as regiões de Campo Grande. Neste ano, de janeiro a outubro, foram registradas 11 solicitações referente ao aparecimento de escorpiões no Bairro Jardim Noroeste. Apesar dos aparecimentos recentes, o bairro não está entre os mais críticos ou que apresentam maior incidência de manifestações em relação ao aparecimento dos insetos.

Outra informação fornecida é que os moradores podem solicitar os controle de roedores e animais peçonhentos através do CCZ. Para isto basta entrar em contato com o setor pelo número 2020-1796 para solicitar uma orientação e a desinsetização gratuitamente, mediante disponibilidade e agendamento prévio.

“Em razão do período de procriação do animal (primavera/verão), a tendência é de que haja um aumento no aparecimento de outubro a março o que, consequentemente, pode incidir no número de incidentes, o que reforça a importância de se adotar as medidas necessárias para se evitar esse tipo de ocorrência. Os cuidados passam pela devida manutenção dos quintais, evitando acúmulo de lixos, fazendo a vedação de ralos, frestas de muros e paredes”, explicou a nota.

A orientação para quem encontrar um escorpião é entrar em contato com o CCZ para receber as orientações. Em caso de captura, o inseto deve ser mantido em embalagem fechada com álcool. Se possível, o cidadão deve levar o animal ao órgão para identificação, para posterior rastreamento das espécies que estão incidindo naquela localidade.

Levantamento - Com 3.012 acidentes em nove meses, Mato Grosso do Sul registra média histórica de 11 ataques envolvendo animais peçonhentos por dia, de acordo com dados divulgados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) na quarta-feira (27).

A Capital lidera o número de casos, com 787 notificações. Três Lagoas (431), Paranaíba (189), Corumbá (133), Dourados (110), Brasilândia (106), Cassilândia (104) e Bataguassu (98) também aparecem na listagem de maior incidência de acidentes com serpentes, escorpiões, aranhas, marimbondos e abelhas.

Vale ressaltar que o número de casos ainda não ultrapassa a média de 2022, que chegou a 18 casos/dia. No entanto, a média mensal está entre as dez maiores do país, com 334 atendimentos relacionados a picadas nas unidades de saúde.

Serviço - Em caso de dúvidas ou emergências, entre em contato com o Civitox pelos telefones: (67) 3386-8655, 0800-722-6001 e 150. A equipe oferece teleatendimento a profissionais de saúde, diagnóstico e identificação de animais peçonhentos e plantas tóxicas, proporcionando orientações cruciais para a segurança da população.

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