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Capital

Empresários protestam por falta de pagamento depois de obra de atacadista

Soma dos serviços não remunerados totaliza R$ 3 milhões, de acordo com grupo

Por Mylena Fraiha e Kamila Alcântara | 06/03/2024 19:10
Empresário protestam com cartazes em frente ao mercado Assaí, na Avenida Gunther Hans (Foto: Juliano Almeida)
Empresário protestam com cartazes em frente ao mercado Assaí, na Avenida Gunther Hans (Foto: Juliano Almeida)

Na tarde desta quarta-feira (6), cerca de 20 empresários se reuniram em frente ao mercado Assaí, localizado na Avenida Gunter Hans, na região da Coophavila, em Campo Grande, para protestar contra a falta de pagamento por parte da Marcca Engenharia, de Goiânia (GO), responsável pelos serviços e materiais de construção comprados para tocar a obra do atacadista, antes da inauguração. A soma dos serviços não remunerados totaliza R$ 3 milhões, segundo o grupo.

A construção da unidade do atacadista Assaí teve início no segundo semestre do ano passado e foi terminada em dezembro.

Jesimiel explica que forneceu esquadrias de alumínio e vidro para a fachada do atacadista (Foto: Juliano Almeida)
Jesimiel explica que forneceu esquadrias de alumínio e vidro para a fachada do atacadista (Foto: Juliano Almeida)

O empresário Jesimiel Diogo, de 55 anos, é uma das pessoas que participou do protesto. Ele explica que forneceu esquadrias de alumínio e vidro para a fachada do atacadista, que totalizam em R$ 150 mil para receber. "O Assaí não se compromete com nada, mas nós ficamos com o prejuízo. Meu contrato era para ser pago em 4 de dezembro. Até hoje, não recebi nada. Tentamos contato de todas as maneiras, já envolvemos advogados, mas a situação não é resolvida".

Oliveira explica que é fornecedor de parafusos e tem uma dívida de R$ 87 mil (Foto: Juliano Almeida)
Oliveira explica que é fornecedor de parafusos e tem uma dívida de R$ 87 mil (Foto: Juliano Almeida)

Outro empresário, Oliveira Ernesto, 51 anos, explica que é fornecedor de parafusos e tem crédito de R$ 87 mil. "O que mais revolta é a falta de diálogo, tanto da construtora quanto do atacadista. Seguimos sem previsão de recebimento".

Já o empresário Sérgio Henrique Cance, de 65 anos, foi responsável pela finalização do trânsito dentro do mercado e pela instalação semafórica, e tem R$ 207 mil para receber. "Essa é a contrapartida do atacadista para a prefeitura de Campo Grande. Mas, se não for paga a dívida, vou tentar tirar até o semáforo para tentar recuperar alguma coisa".

Os manifestantes alegam que outros serviços, como aluguel de residências próximas à obra para engenheiros, também não foram quitados com os locatários. Caso o pagamento não seja efetuado até o próximo sábado (9), os empresários afirmam que irão realizar um novo protesto em frente ao atacadista.

Empresário em frente ao mercado Assaí, na Avenida Gunther Hans (Foto: Juliano Almeida)
Empresário em frente ao mercado Assaí, na Avenida Gunther Hans (Foto: Juliano Almeida)

Respostas - Em nota, a assessoria de imprensa do Assaí informou que o atacadista realizou o pagamento à construtora. Contratou a construtora Marcca para a realização da obra e por todas as etapas do processo, desde a tomada de decisões até os pagamentos aos prestadores de serviços subcontratados.

Sobre as alegações de que o Assaí não teria realizado o pagamento de uma das parcelas à construtora, o comunicado esclarece que todos os pagamentos foram devidamente efetuados, conforme o avanço da obra.

O atacadista alega que foi retido apenas o percentual final de 2,5%, condicionado à assinatura do Termo de Entrega Definitiva da Obra, o que ainda não ocorreu. “Isso porque a construtora não finalizou diversas pendências (como civis e elétricas) alegando dificuldades financeiras. Dessa forma, para que pudéssemos entregar uma loja segura e completa à população de Campo Grande, utilizamos esse saldo devido contratando outras empresas para concluir a obra – algo, inclusive, previsto em contrato – e cujo valor final deve ultrapassar o retido à Marcca, gerando custos adicionais ao Assaí”, explica o atacadista em nota.

O Assaí também reforçou que considera inaceitável a falta de cumprimento por parte da Marcca com os pagamentos devidos aos prestadores de serviços subcontratados e afirmou estar em contato com a construtora para buscar uma solução o mais rápido possível.

A reportagem entrou em contato com a Marcca Engenharia, entretanto, até o fechamento desta matéria não obteve resposta. O espaço segue aberto para futuros posicionamentos da empresa.

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