Ex-funcionários da Mega Serv cobram salários atrasados e PM é chamada
Um grupo de cinco ex-funcionárias da empresa Mega Serv, responsável pela limpeza dos postos de saúde de Campo Grande, que alega estar com salários atrasados há dois meses, procurou a sede da empresa na Capital na manhã de hoje (1º) para cobrar os valores. Uma das funcionárias conta que a empresa se negou a pagar os salários e ainda chamou a Polícia Militar.
Silvana Floretin tem 25 anos e trabalhou durante 1 ano e cinco meses na empresa. Ela e outras quatro funcionárias atuavam na limpeza do posto de saúde do bairro Santa Emília. No mês passado, o grupo foi demitido e cumpriu o aviso prévio. No entanto, Silvana alega que dá dois meses não recebe os salários.
“Da última vez eles disseram que iam pagar no dia 30, viemos hoje e nos disseram que não tem dinheiro para pagar a gente. Nossa situação é complicada, eu tenho criança para dar de comer”, conta Silvana.
Durante a discussão com funcionários da Mega-Serv, na sede situada no bairro Nossa Senhora das Graças, Silvana conta que a Polícia Militar foi chamada por funcionários do local. “Eles chamaram a viatura na minha frente”, diz.
O Campo Grande News confirmou com a Polícia Militar o chamado para o local, mas até o fechamento desta matéria a viatura não havia chegado na sede da empresa.
Procurado pela reportagem, o proprietário da empresa com sede em Dourados, Marcos Antônio Marini, negou que a discussão tenha ocorrido e afirma que todos os salários estão sendo pagos em dia. “Não há nada atrasado”, completa.
Histórico - A empresa foi alvo de investigações na CPI do Calote, na Câmara Municipal dos Vereadores, depois de ter se beneficiado de contratação de emergência, sem licitação. O valor do contrato foi de R$ 4,8 milhões.
A Mega-Sev também ganhou licitação para limpeza de postos de saúde, na qual é acusada de oferecer preços de mercado considerados impraticáveis.