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Capital

Execução foi filmada para comprovar crime, mas provas foram destruídas

Audiência ouve testemunhas da execução de John Hudson dos Santos Marquesa, o "John John", em fevereiro deste ano, pelo tribunal do crime do PCC

Izabela Sanchez e Liniker Ribeiro | 03/07/2018 16:10
Ao todo, 9 serão ouvidos nesta tarde (Liniker Ribeiro)
Ao todo, 9 serão ouvidos nesta tarde (Liniker Ribeiro)

Três pessoas já prestaram depoimento durante a primeira audiência na tarde desta quarta-feira (3) após execução de John Hudson dos Santos Marquesa, conhecido como "John John", decapitado após ser “julgado” no tribunal do crime do PCC (Primeiro Comando da Capital), em fevereiro deste ano.

Investigadores da DEH (Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Homicídio), que estão entre as testemunhas de defesa, afirmam que a execução foi filmada para que os acusados “provassem” que o trabalho foi feito. As provas, contudo, foram destruídas. A polícia teve acesso apenas a uma foto, encontrada no celular de uma pessoa durante prisão realizada pela Polícia Militar. A foto circularia nos grupos de WhatsApp.

A segurança no Tribunal foi reforçada. Os autores foram identificados como: Gabriel Rondon da Silva, Tiago Rodrigues de Souza, Wellington Felipe dos Santos Silva, Leonardo Caio dos Santos Costa, Mackson Ferreira dos Santos, Maycon Ferreira dos Santos e Eloinai Oliveira Emiliano.

Segundo os policiais, todos os suspeitos confessaram pertencerem ao PCC (Primeiro Comando da Capital). "Alguns até com arrogância", afirmou uma das testemunhas. O crime, conforme explicara, foi resultado de uma rivalidade entre o PCC e a facção Comando Vermelho. Uma das testemunhas afirmou que John John estaria fazendo carregamento de drogas e armas e que seria “um dos grandes”.

Ao menos quatro pessoas teriam participado da execução. Wellington, na ocasião, seria o motorista do carro que levou John John até o local de execução. Gabriel teria efetuado o primeiro tiro, Tiago o segundo e Eloinai decaptou a vítima.

Ainda segundo os depoimentos, Mackson seria o dono da casa onde o crime ocorreu e não teria ligação com o PCC. Maykon, por sua vez, seria ligado ao PCC e conseguiu a casa em troca de drogas, recebidas por Mackson.

Jhon foi visto pela última vez à 0h30 do dia 14 de fevereiro quando saiu para fumar um cigarro em frente de casa, no Bairro Zé Pereira. Desde então, amigos e familiares se mobilizaram nas redes sociais a procura de notícias sobre o paradeiro do rapaz.

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