Fundação que apoia ONG criada pela família de Brunão faz palestra na Capital
Casal paulista Massataka e Keiko Ota farão palestra “Perdão e Justiça” na próxima sexta-feira
A Fundação paulista Ives Ota, que apoia a criação da ONG Bruno Escobar, homenagem ao segurança morto enquanto trabalhava em um bar, no dia 19 de março, vem a Capital para uma palestra nesta sexta-feira.
Com o tema “Perdão e Justiça”, o casal Massataka e Keiko Ota fala contra a violência, para que cada um se conscientize de que somente através do perdão, a verdade paz se instala.
Criada em 1997, a Fundação realiza projetos para combater a violência. A ideia surgiu quando o casal Ota perdeu o filho, Ives, com apenas 8 anos, assassinado depois de ser sequestrado, por três homens em sua própria casa, na Zona Leste de São Paulo. O menino morreu porque reconheceu um dos sequestradores, que fazia a segurança nas lojas do pai.
O convite veio de familiares e amigos de Brunão que se organizam para criar a Fundação Bruno Escobar, com a missão de amparar e auxiliar vítimas e parentes com apoio jurídico, psicológico e assistência social.
A família conta que como primeiro passo, convidou o casal que se prontificou a vir à Capital.
A palestra acontece na sexta-feira, dia 1º de julho, no auditório do Sebrae, às 19h30, na avenida Mato Grosso, n° 1.661.
O caso - Brunão foi morto quando retirava Cristhiano Luna de Almeida, 23 anos, da casa noturna em que trabalhava, após ele ter se envolvido em uma confusão com um garçom no local. A acusação afirma que o autor matou a vítima a soco.
Testemunhas disseram que Cristhiano já havia se envolvido em confusão na casa, e em outros lugares, e que agrediu Brunão e o matou intencionalmente.
Ele foi preso horas depois do crime e indiciado por lesão corporal seguida de morte. A Polícia Civil ouviu mais testemunhas e analisou imagens do caso e mudou o indiciamento para homicídio doloso.
Cristhiano foi solto por determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, mas, tem que cumprir algumas regras entre elas: não ingerir bebidas alcoólicas, não frequentar casas noturnas e clubes de luta e não chegar em casa após às 22 horas.
A Polícia não faz uma vigilância específica em Cristhiano e conta com ajuda da população para denunciar se houver infração às determinações.