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Capital

Guardas fazem curso, mas apenas 47% usam armas nas ruas

Hoje, 420 guardas podem utilizar armas em serviço, mas apenas 250 possuem a ferramenta

Kerolyn Araújo e Mirian Machado | 26/06/2019 11:25
Guardas iniciaram curso de armamento letal nesta quarta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)
Guardas iniciaram curso de armamento letal nesta quarta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)

Mais 150 guardas civis municipais estarão aptos, até agosto, para utilização de armamento letal durante o trabalho em Campo Grande. Com a nova turma, 570 dos 1.100 servidores estarão capacitados, mas deste universo, apenas 47% usarão em serviço, principalmente porque, embora tenha 430 armas disponíveis, falta autorização da Polícia Federal para a utilização do restante e, ainda, outras 10 ficam de reserva para substituir as que estão em uso. 

Segundo a GCM (Guarda Civil Municipal), a corporação conta hoje com 430 armas e 420 guardas aptos, mas apenas 270 utilizam armamento em serviço. As outras 150 estão esperando autorização da Polícia Federal, responsável por esse tipo de procedimento, para serem entregues aos agentes.

O comandante da Guarda, Anderson Gonzaga, explicou que o armamento que a corporação possui é fruto de doação. Das 430 armas, 375 foram doadas pela Polícia Militar, 35 pela Polícia Civil e 20 pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Todas as armas utilizadas pelos guardas são de calibre 38.

Ainda de acordo com o comandante, a Guarda está aguardando autorização do Exército para abrir licitação para a compra de pelo menos 100 pistolas. Porém, ainda não há previsão de quando a solicitação será atendida.

Conforme o Secretário Municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja, como não há armas para todos os guardas, a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) coloca os servidores com armamento em pontos estratégicos, um deles é na região da antiga rodoviária, no centro de Campo Grande.

Comandante da Guarda, Anderson Gonzaga. (Foto: Henrique Kawaminami)
Comandante da Guarda, Anderson Gonzaga. (Foto: Henrique Kawaminami)
Secretário Municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja. (Foto: Henrique Kawaminami)
Secretário Municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja. (Foto: Henrique Kawaminami)

''Em Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) não há necessidade de ter guarda armado. Em um terminal de ônibus, que fica aberto até meia-noite e tem a questão de assaltos e furtos, precisa para inibir. A arma é uma forma do guarda que vai fazer a abordagem se proteger e proteger as pessoas que estão em volta", disse Azambuja.

Ao Campo Grande News, o secretário revelou que a presença de guardas armados na região central colabora para a diminuição da violência. ''Houve redução no número de homicídios, mas roubos e furtos aumentaram principalmente no centro. Hoje, o guarda trabalha com prevenção e consegue retirar das ruas foragidos e traficantes, diminuindo o índice desses crimes", explicou. Os servidores armados também podem auxiliar a polícia em operações.

Treinamento - Os 150 guardas iniciaram hoje o curso com duração de 197 horas, sendo 137 de aulas teóricas de Direito Administrativo, Direito Penal, Ética, Cidadania, Direitos Humanos, Polícia Comunitária, Estatuto da Guarda Civil Municipal e demais legislações aplicadas aos servidores da corporação. As outras 60 horas serão de aulas práticas de disparos de revólver calibre 38.

A previsão é de que o curso termine no dia 19 de agosto.

 

(Matéria alterada às 13h15 para correção de informação)

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