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Capital

Integrantes do PCC presos na Bolívia motivam operações na fronteira

Rafael Ribeiro e Yarima Mecchi | 26/05/2017 11:06
Policiais militares e civis fazem operação conjunta em estrada no interior do Estado (Fotos: Divulgação/Sejusp)
Policiais militares e civis fazem operação conjunta em estrada no interior do Estado (Fotos: Divulgação/Sejusp)
Parte de munição apreendida por policiais durante parte da operação desencandeada em Sonora
Parte de munição apreendida por policiais durante parte da operação desencandeada em Sonora

A prisão de dois integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) na Bolívia, acusados de participarem de ataque a um carro-forte no final de março, em que US$ 2 milhões (cerca de R$ 6,5 mi) foram levados, e a descoberta de que haviam planos para explosões de agências bancárias, motivaram secretarias de segurança dos estados que fazem fronteiras com os países vizinhos, caso de Mato Grosso do Sul, a desencandearem operações especiais para controlar entrada e saída de armamentos e explosivos no Brasil.

Segundo o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, no caso de Mato Grosso do Sul as ações começaram na última quinta-feira (25). “No início do segundo semestre vamos nos reunir com outros estados para avaliar os resultados obtidos”, disse.

O encontro com Mato Grosso, Rondônia e Acre, os outros estados fronteiriços com os bolivianos, também servirá principalmente para avaliar o crescimento do PCC nos países vizinhos. O problema se tornou real e visível com os crimes de impacto cometidos, como a invasão de uma empresa transportadora de valores, em abril, no Paraguai.

Após o crime ocorrido na Bolívia, em que seguranças particulares foram baleados por armas de grosso calibre, como fuzis, o país tomou algumas medidas e informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública brasileiro, pedindo integração das investigações.


“Surgiu essa necessidade de atuar em conjunto, já parte significativa da fronteira boliviana é com nosso Estado”, disse Barbosa.

Grampo – O Ministério Público de São Paulo alertou no início do ano que haviam planos de ataque do PCC nos países vizinhos da América do Sul, após conversas por telefone interceptadas de Rogério Jeremias de Simone, o ‘Gegê do Mangue’, um dos principais nomes da liderança da facção. O teor da conversa é o que vem servindo de base para a atuação do Pacto Integrador de Segurança Pública Interestadual.

Em Mato Grosso do Sul, o Gabinete de Gestão Integrada de Fronteiras e Divisas da Sejusp desencandeou a operação em 11 municípios, incluindo os acessos e saída da Capital.


Segundo o coronel Edimilson de Oliveira Ribeiro, diretor-executivo do gabinete, serão realizados pontos de bloqueios móveis itinerantes em locais previamente catalogados pelo setor de inteligência, realizando cumprimentos de mandados prisão, localização de objetos ilícitos e, dessa forma efetuando presença e reconhecimento nos pontos considerados sensíveis, com intuito de prevenir possíveis ações de grupos criminosos.


Apreensões de armas, por exemplo, já foram registradas nas cidades de Sonora e Água Clara, porém não foram divulgados mais detalhes. Polícia Rodoviária Federal e até o Exército também participaram do primeiro dia da operação, que seguirá.

Veículo da transportadora de valores após ataque de quadrilha especializada no final de março (Foto: Los Tiempos)
Veículo da transportadora de valores após ataque de quadrilha especializada no final de março (Foto: Los Tiempos)
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