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Capital

Juiz retomou área da prefeitura que foi montada para receber favela

Leonardo Rocha | 04/01/2015 13:27
Aposentado conseguiu por meio de liminar retomar área no Jardim Noroeste (Foto: Marcelo Calazans)
Aposentado conseguiu por meio de liminar retomar área no Jardim Noroeste (Foto: Marcelo Calazans)
Advogado do aposentado, ressaltou que cliente teve prejuízos com ações da prefeitura (Foto: Marcelo Calazans)
Advogado do aposentado, ressaltou que cliente teve prejuízos com ações da prefeitura (Foto: Marcelo Calazans)

Após liminar do juiz de plantão, Waldir Peixoto Barbosa, foi feita a reintegração de posse de área do Jardim Noroeste, região norte da Capital, para o aposentado Arthur Altounian, que estava demarcada pela prefeitura de Campo Grande, e que seria destinada aos moradores da Favela Cidade de Deus.

Esta decisão que foi proferida pela justiça, no dia 30 de dezembro, também decide que se interrompa as obras iniciadas pela prefeitura para que se evite danos maiores. O advogado Othon Nasser, que representa a família, ressaltou que está área pertence ao seu cliente há 40 anos e que a prefeitura é quem "invadiu" o local, que era particular.

"Eles abriram rua, fizeram valetas e buracos, mas a justiça já se colocou favorável ao meu cliente, depois vamos levantar qual foi o prejuízo estimado com estas ações, o que posso dizer é que será alto", disse ele. O advogado ainda ponderou que o seu cliente tem a intenção de lotear esta área.

Nesta manhã (04), a equipe do Campo Grande News conferiu a ação de funcionários do aposentado, que estavam cercando parte desta área que seria reservada pela prefeitura para o novo loteamento aos moradores da Favela Cidade de Deus.

Esta área que estava sendo "recuperada", se trata de 7.440 metros quadrados, há uma via já terraplanada pela prefeitura para posterior pavimentação asfáltica e 21 hidrômetros e 22 postes de energia elétrica já instalados pelas concessionárias, respectivamente, Águas Guariroba e Enersul.

Mais um capítulo da história que envolve os moradores da Cidade de Deus, que hoje estão entre 800 famílias e podem ir para o Jardim Noroeste, por estar em situação irregular no bairro Dom Antônio. O Ministério Público entrou com ação pedindo a retirada da família. A Justiça suspendeu a remoção, mas após mediação com as partes, esta transferência pode ocorrer neste mês.

O Campo Grande News entrou em contato com a presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação), Marta Martinez, e com o Secretário de Governo, Rodrigo Pimentel, para ouvi-los sobre esta situação, porém não conseguiu localizá-los.

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