Ladrões buscavam dólares e aterrorizaram reféns, relembra vítima
Comerciante de 51 anos, umas das vítimas do assalto que terminou com bandido morto e dois baleados, foi ameaçada com revólver na cabeça. No total, 12 pessoas, com idades entre 20 e 54 anos, foram feitas reféns e agredidas com coronhadas na cabeça. Um dos bandidos, Jhonny Weslley Moreira Barbosa, 26 anos, morreu durante confronto com policiais.
Os comparsas dele, Luan Santos de Oliveira, 26 anos, e Renato Justino Pereira, 34 anos, também foram baleados. Renato foi ferido no quadril e já recebeu alta. Luan continua internado na Santa Casa com fratura no fêmur e nos dois dedos da mão.
O roubo ocorreu por volta das 22h de terça-feira (6), em uma casa conjugada com supermercado na Rua Capitão Aírton P. Rebouças com a Avenida Conde de Boa Vista, no Jardim Santa Emília, em Campo Grande.
Segundo a comerciante, os bandidos eram agressivos e queriam saber onde ficava o cofre com os dólares e joias. “Eles ameaçaram atirar na minha cabeça e da minha filha. Na hora eu só pedia a proteção de Deus. Moro aqui há 3 anos e já fui assaltada três vezes, mas nenhuma foi com tanta violência como a de ontem”, lamenta.
Antes da polícia chegar, os bandidos roubaram celulares e R$ 1.458 em dinheiro. Um deles ainda roubou a arma de um policial militar, que estava entre as vítimas. Ele e mais uma pessoa foram agredidas com coronhadas na cabeça.
Assalto - Um das vítimas de 27 anos chegou na casa com uma motocicleta CBR 1000 e deixou o portão aberto. Momento em que os bandidos aproveitaram para invadir o local. No momento da abordagem, duas das doze pessoas que estavam na residência conseguiram se encender no banheiro e acionar a Polícia Militar.
Quando os militares chegaram, os assaltantes se desesperaram e tentaram fugir. Luan pulou o muro da lateral da casa e atirou contra um policial, que revidou. Renato também tentou fugir pelos fundos, mas desistiu e ficou escondido no corredor.
Jhonny conseguiu escapar e foi parar em outro imóvel. Ele foi perseguido, atirou contra a PM e foi atingido com quatro tiros, sendo dois no abdômen, um na mão direita e um na altura do pescoço.
Jhonny chegou a ser socorrido por uma equipe policial, mas não resistiu. No total, cerca de 40 militares participaram da ação. Vítimas e policiais não ficaram feridos.
Segundo o delegado Giuliano Carvalho Biacio, os três assaltantes estavam armados. A polícia acredita que o crime foi premeditado e que há o envolvimento de um quarto criminoso.