Liberada vacina da Pfizer para crianças de 6 meses a 4 anos
Imunizante estava restrito apenas a crianças menores de três anos com comorbidades
O Ministério da Saúde liberou a vacina pediátrica da Pfizer para crianças de seis meses a quatro anos. Antes o imunizante “Pfizer baby” estava restrito apenas a crianças menores de 6 meses a 2 anos e 11 meses, com comorbidades. Além disso, a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, também foi liberada para aplicação em crianças de 3 e 4 anos.
A recomendação foi publicada nesta terça-feira (27) devido à Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) entender que a incidência de doenças nas crianças menores de 5 anos é maior do que nas outras faixas. De acordo com a nota técnica, em bebês com menos de um ano, a mortalidade chega a ser até oito vezes maior do que nos adolescentes de 15 a 19 anos.
"Considerando que a vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos contra a covid poderá evitar infecções pelo Sars-CoV-2, hospitalizações, Srag [síndrome respiratória aguda grave] e óbitos, além de complicações como a SIM-P e pós-covid [...] a Coordenação Geral do Programa de Imunizações recomenda a vacinação de todas as crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade com o imunizante Pfizer/BioNTech", diz a nota.
O documento ainda evidencia a eficácia e segurança da vacina, conforme dados de ensaios clínicos e da aplicação do imunizante em diversos países. "A ampliação da vacinação para esta faixa etária possibilitará maior segurança aos pais cujas crianças frequentam berçários, escolas e ambientes externos", disse.
Outras recomendações - Além da recomendação da vacinação nas crianças, uma segunda nota técnica, também publicada nesta terça (27), pede a restrição da AstraZeneca e Janssen para adultos com mais de 40 anos, sendo administradas preferencialmente outras vacinas na população abaixo dessa idade.
A decisão foi tomada devido à CGPNI reconhecer a situação epidemiológica na faixa etária como mais favorável, em razão de grande parte da população já estar vacinada com o esquema primário, composto por duas doses ou dose única.
A outra justificativa é a ocorrência de eventos adversos graves relacionados às duas vacinas, como a trombose com trombocitopenia, um tipo de coágulo.