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Capital

Matagal e falta de calçada jogam pedestres para o risco até no Centro

Filipe Prado | 20/04/2014 08:43
Os moradores não conseguem passar pela calçada (Foto: Cleber Gellio)
Os moradores não conseguem passar pela calçada (Foto: Cleber Gellio)

A ausência de calçadas ou o matagal estão "jogando" os pedestres para a rua, onde ficam mais expostos aos riscos de acidentes. O problema ocorre até em vias localizadas na região central de Campo Grande. Apesar do avanço da regras de acessibilidade, como a implantação de piso tátil, os pedestres ainda sofrem com a falta de espaço adequado para transitar nas ruas e avenidas do Centro.

Nas proximidades da Feira Central da Capital, na Rua 14 de Julho , os moradores já visualizam o local como um caos. Não há calçadas para os pedestres andarem e eles disputam o espaço com os carros.

“Nós temos que ir pela rua. Um cadeirante, por exemplo, não passa por aqui”, afirma a costureira Ivonete Barbosa da Silva, 50 anos. A calçada, que fica próxima ao seu ateliê, está tomada pelo mato e partes que possuem concreto estão todas quebradas, dificultando ainda mais a locomoção.

O maior problema é que o local é acesso para a maior feira da Capital. “Não tem condições, as pessoas não conseguem passar por aqui. O pior é que esse mato tomou conta da calçada e sempre que limpam o terreno, não limpam a calçada”, contou o vigilante Nelson Garcia, 39.

Ele mora próximo a feira central há 20 anos e a situação sempre foi a mesma, reclama. “Sempre foi assim, piorou depois que a companhia de trem doou esse terreno à prefeitura”, citando o local que fica ao lado de sua casa, que, segundo ele, é de onde vem todo o matagal.

Nelson contou que muitas pessoas não conseguem passar pela calçada (Foto: Cleber Gellio)
Nelson contou que muitas pessoas não conseguem passar pela calçada (Foto: Cleber Gellio)

Vários projetos para a evolução da cidade, incluindo o de acessibilidade, começaram em Campo Grande, mas acabaram engavetados ou parados, desde a administração do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).

“É um caos, uma vergonha”, enumera a faturista Lenir Mattoso, 34. No momento em que a equipe do Campo Grande News chegou no local, ela estava tentando andar pela calçada, mas foi obrigada a desviar do matagal e seguir pela rua, contra o fluxo dos veículos.

Para sair com a filha, de 4 anos, Lenir não passa pela 14 de Julho. “Eu ando pela 13 de Maio, pois a calçada é bem melhor, além de ter iluminação”, conta, além de dizer que é impossível andar pela rua da feira.

Há quem diga que a obrigação do cuidado com a calçada é dos próprios moradores. “Nós somos os responsáveis, mas eu acho que deveriam nos incentivar. A prefeitura poderia dar um desconto no imposto ou algo assim”, comenta o servidor público Marcos Aurélio Campos Silva, 37.

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