ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 26º

Capital

MS é 5º no País com mais mortes no trânsito causadas por álcool

A cada 100 mil habitantes, quase 8 pessoas são vítimas de colisões relacionadas ao uso da substância no Estado

Natália Olliver | 19/06/2023 16:19
Estado fica atrás apenas de Tocantins, Mato Grosso, Piauí e Rondônia no número de óbitos envolvendo álcool (Foto: Marcos Maluf).
Estado fica atrás apenas de Tocantins, Mato Grosso, Piauí e Rondônia no número de óbitos envolvendo álcool (Foto: Marcos Maluf).

Nesta segunda-feira (19), o País comemora 15 anos da implementação da Lei Seca, que mudou o cenário de penalização dos acidentes de trânsito motivados pelo uso de álcool e instituiu a tolerância zero para o consumo da substância ao volante.

De acordo com o CISA (Centro de informações sobre Saúde e Álcool), Mato Grosso do Sul está entre os cinco estados com maior percentual de óbitos nas estradas e vias urbanas relacionados ao consumo de álcool. Foram 7,8 óbitos por 100 mil habitantes em 2021.

O Estado fica atrás apenas de Tocantins (11,8), Mato Grosso (11,5), Piauí (9,3) e Rondônia (8,4). As informações são feitas a partir de dados do Datasus, (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) de 2010 a 2021. A pesquisa foi divulgada de forma prévia, a completa estará disponível a partir do dia 26 de junho no site do Centro de Informações.

Pésquisa mostra que Estado está na quinta posição de óbitos no trânsito por uso de álcool (Foto: Divulgação).
Pésquisa mostra que Estado está na quinta posição de óbitos no trânsito por uso de álcool (Foto: Divulgação).

Ao todo, 17 Estados registraram índice superior ao nacional. Além dos citados, Goiás, Paraná, Paraíba, Roraima, Maranhão, Espírito Santo, Alagoas, Santa Catarina, Ceará, Pará, Bahia, Sergipe e Minas Gerais também aparecem na lista com percentual de até 5.

Conforme a pesquisa, o Brasil apresentou 5 mortes por acidentes de trânsito atribuíveis ao álcool por 100 mil habitantes em 2021, taxa foi observada desde 2018. Os homens são as maiores vítimas (89%), enquanto as mulheres representam 11% das mortes. As faixas etárias mais afetadas são de 18 a 34 anos (36,5%), seguida por 35 a 54 anos (35,5%).

Apesar dos percentuais, a análise apontou que os óbitos por acidente de trânsito, relacionados ao uso de álcool, tiveram uma redução de 32%, comparando os índices de 2010 e de 2021.

Internações - Mato Grosso do Sul também está entre os Estados que registram média acima da nacional quando o assunto é internações por acidentes de trânsito atribuíveis ao álcool. Ao todo, são 14 Estados mais o Distrito Federal.

Há dois anos, os acidentes de trânsito foram a principal causa de internações (22,6%) e a segunda causa de mortalidade relacionada ao uso da substância (15,8%) no Brasil.

Faixa etária mais internada está entre 18 a 34 anos, 45% (Foto: Henrique Kawaminami).
Faixa etária mais internada está entre 18 a 34 anos, 45% (Foto: Henrique Kawaminami).

Em 2021, o País registrou 8,7 internações e 1,2 morte por hora, ou seja, em um ano foram 75.983 hospitalizações e 10.887 óbitos. Apesar do cenário, o período de 2010-2021 registrou maior número de internações e o menor número de mortes.

As hospitalizações aumentaram 34% no País no período analisado. Em relação à categoria envolvida nos acidentes, ciclistas e motociclistas são os que mais precisam de intervenções médicas.

Em âmbito nacional, os homens aparecem na lista como maiores vítimas (85%), enquanto as mulheres representam 15% das internações. A faixa etária dos 18 a 34 anos é a mais afetada (45%).

O levantamento também aborda sobre a decisão de dirigir após beber. A análise foi feita entre 2011 a 2020 e aponta redução significativa em algumas capitais brasileiras, entre elas Campo Grande. As mulheres são as que mais apresentam o comportamento. Também aparecem Manaus e Palmas.

Lei Seca - A Lei Seca 11.705, de 2008, é conhecida por reduzir a tolerância no nível de álcool no sangue de condutores de veículos. A sanção dessa lei provocou mudanças importantes nos hábitos da população brasileira no que diz respeito a beber e dirigir.

Nos siga no Google Notícias