Nova perícia médica recomenda que Fahd Jamil não fique na cadeia
“Rei da Fronteira” é réu por tráfico de arma de fogo, corrupção e homicídio
Nova perícia médica, realizada em 7 de janeiro, recomenda que o Fahd Jamil, 80 anos, não fique na cadeia. Atualmente, o empresário, conhecido como “Rei da Fronteira”, cumpre em regime domiciliar a prisão decretada na Operação Omertà. O exame foi realizado a pedido do juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho .
O laudo aponta que na perícia, realizada no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), em Campo Grande, o octogenário tinha sinais de emagrecimento, perda de memória de fatos recentes e dispneia (falta de ar). Fahd Jamil tem doença pulmonar obstrutiva crônica, que requer uso de oxigênio.
“Concluímos que o periciando octogenário apresenta comorbidades que comprometem de forma importante a sua condição clínica atual, não sendo apropriada a sua permanência em ambiente prisional”, informa o laudo.
Fahd tem acompanhamento de equipe multidisciplinar: médicos, fisioterapeutas e nutricionistas. O advogado André Borges informou que a defesa não foi intimada e irá se manifestar no processo. Agora, o juiz deve mandar intimar a defesa e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço do Ministério Público.
Alvo da Operação Omertà, Fahd Jamil é réu por tráfico de arma de fogo, corrupção e homicídio. Após dez meses foragido, ele se entregou à polícia em de 19 de maio do ano passado, no Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande. Fahd veio de avião.
Ele ficou 51 dias preso no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). Para ter direito a prisão domiciliar, o Rei da Fronteira pagou fiança de R$ 990 mil e é monitorado por tornozeleira eletrônica. A prisão domiciliar é cumprida desde 9 de junho de 2021.