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Capital

O que para muitos é inútil garante R$ 2,7 milhões à Prefeitura da Capital

Leilão de peças inservíveis e obsoletas superou em R$ 1,7 milhão os valores iniciais e tinha até parquímetro

Lucia Morel | 23/01/2023 17:40
Totens de parquímetros desativados foram arrematados em leilão. (Foto: Regina Aude Leilões)
Totens de parquímetros desativados foram arrematados em leilão. (Foto: Regina Aude Leilões)

Leilão realizado na semana passada garantiu R$ 2,7 milhões à Prefeitura de Campo Grande. Televisores de tubo, videocassetes, monitores para computadores antigos, carteiras escolares quebradas e até postes de madeira que sinalizaram pontos de ônibus estavam entre os itens arrematados. E por valor bem acima do previsto inicialmente.

Para se ter uma ideia, havia três lotes para alienação de postes de madeira, dois deles usados. O lance de ambos começava em R$ 500,00, mas foram levados por R$ 2,9 mil e  R$ 3 mil, respectivamente. Já o lote de postes não usados foi arrematado por R$ 14,6 mil, mas o lance inicial era de R$ 1 mil.

Sucatas de maca, autoclave e refletor odontológico, que começaram com lance de R$ 300,00, foram retirados por R$ 8,1 mil. Já televisores de tubo e videocassetes com lance de R$ 200,00 saíram por R$ 2,1 mil. E carteiras escolares totalmente quebradas saíram por R$ 4,6 mil, R$ 1 mil e R$ 1,050. Os lances eram de R$ 200,00, R$ 300,00 e R$ 300,00, respectivamente.

Televisores de tubo e videocassetes que foram arrematados por R$ 2,1 mil. (Foto: Regina Aude Leilões)
Televisores de tubo e videocassetes que foram arrematados por R$ 2,1 mil. (Foto: Regina Aude Leilões)

Até os parquímetros desativados entraram no leilão, em dois lotes, ambos com lance de R$ 300,00. Um deles foi arrematado por 4,3 mil e outro por R$ 5,8 mil. Entre os itens mais caros nos lotes havia veículos, caminhonetes e caminhões. Destes, o arrematado com maior valor foi um caminhão Mercedes Benz, por R$ 95 mil. O lance era R$ 23 mil.

A leiloeira Regina Aude afirma que grande parte das interessadas nos itens eram empresas de recicláveis que revendem as peças ou o ferro. “No caso dos conjuntos escolares, por exemplo, as empresas tiram a madeira e colocam o ferro para vender. No caso de informática também, são empresas do ramo que muitas vezes compram, retiram peças de dois, três computadores e montam um para revender”, comenta.

Postes de madeira de antigos pontos de ônibus da Capital. (Foto: Regina Aude Leilões)
Postes de madeira de antigos pontos de ônibus da Capital. (Foto: Regina Aude Leilões)

O procurador municipal Alexandre Ávalo informou que o dinheiro arrecadado em leilões, geralmente, vai para orçamento geral e não tem uma destinação específica. O edital do leilão previa arrecadação de, no mínimo, R$ 988.320,00, mas fechou em R$ 2.708.340,00.

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