Órgãos de fiscalização ignoram carros nos canteiros em frente ao CMO
Bptran diz que responsabilidade é da Agetran, que por sua vez afirma que caso é questão de segurança pública
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Em protesto ao resultado das eleições, que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente do Brasil, eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) montaram acampamento e ocuparam as vias em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande.
Além da estrutura que envolve tendas, banheiro químico e até guindaste usado para hastear a bandeira nacional, os participantes tomaram canteiro central com veículos, espalharam pneus e tomaram duas faixas da Avenida Duque de Caxias, deixando liberada apenas a faixa exclusiva para ônibus ao trânsito.
Procurado pelo Campo Grande News, o tenente-coronel Elcio Almeida, comandante do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), disse que a responsabilidade pelo trânsito no local é da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande). “Atuamos somente no atendimento das solicitações. Na verdade, ali é uma área de segurança nacional, mas por ser uma via municipal compete ao órgão local. Se tiver algum tipo de perturbação da ordem. Neste caso só está tumultuado e não há obstrução da via e como o local está isolado a Agetran está controlando”.
Por sua vez, a Agetran informou que “a situação que está acontecendo na Avenida Duque de Caxias é equivalente ao que vem acontecendo por várias rodovias do país, não houve autorização por parte de nenhum órgão federal. Sendo assim, a situação é mais uma questão de segurança pública para garantir a ordem e a segurança dos cidadãos. Mas a equipe da Agetran está no local orientando e conduzindo os motoristas via rotas alternativas”.
Já o CMO (Comando Militar do Oeste) recebeu o questionamento sobre o movimento em frente à instalação militar, mas até o momento não respondeu à reportagem.
Veja vídeo da Avenida Duque de Caxias com 2 pistas fechadas: