Pintor diz que matou ex-mulher porque foi traído
Ele confessou também que já estava monitorando a vítima há dias. O casal estava separado há um mês
Jair Paulino da Silva, 52 anos, o pintor de alvenaria que matou a ex-mulher, Albyna Freitas Ribas, de 49 anos, no começo da tarde de hoje no Bairro Nova Lima, em Campo Grande, alegou em depoimento à Polícia Civil que ela o traiu, por isso a esfaqueou. Ele confessou também que já estava monitorando a vítima há dias. O casal estava separado há um mês.
Em coletiva neste fim de tarde, a delegada responsável pelo caso, Karen Viana de Queiroz, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), informou que desde o começo do mês havia medida protetiva de Albyna contra ele. Também disse que o crime foi “claramente premeditado”.
“Ele alega que ceifou a vida dela porque descobriu uma traição, embora essa afirmação seja vaga. Testemunhas ouvidas disseram que ele já a estava perseguindo, tentando reatar o relacionamento e diante da negativa dela, ele andava alterado, não aceitando o fim e alegava que ia ceifar a vida dele, mas que antes não deixaria ela fazer mais isso (suposta traição) com mais ninguém”, disse a delegada.
Karen comentou ainda que o autor tenta se justificar, negando que havia planejado o crime, mas as evidências apontam o contrário, uma vez que a faca usada estava com ele o tempo todo, sendo que Jair já a encontrou munido da arma branca.
Caso - A vítima estava a caminho do trabalho, quando foi abordada pelo ex no meio da rua e os dois começaram a discutir. Para tentar se proteger, a vítima buscou um local movimentado e entrou no pequeno centro comercial, mesmo assim, foi perseguida e atingida por várias facadas nas costas, abdômen e pescoço.
O suspeito tentou fugir a pé, mas foi abordado por um borracheiro que presenciou as cenas de agressão e conseguiu conter o agressor até a chegada da Polícia Militar. Apesar de socorrida, Albyna não resistiu e morreu na Santa Casa.