Policial penal é preso por atuar como mensageiro do PCC no Presídio da Gameleira
Gaeco deflagrou Operação Bilhete após investigação de servidor da Gameleira envolvido em crimes
Um policial penal de Campo Grande foi preso por "trabalhar" como mensageiro de uma das facções mais perigosas do país, o PCC (Primeiro Comando da Capital). A investigação envolvendo o agente da Segurança Pública estadual resultou na Operação Bilhete, deflagrada hoje (5) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na Capital.
O esquema envolvia também milicianos da organização criminosa presa durante a Operação Omertà, que revelou quadrilha chefiada pela família de Jamil Name. Mas, não foram divulgados detalhes sobre quais informações foram trocadas ao longo dos 3 anos de prisão da organização e nem dos recados enviados pelo PCC.
Durante a ação promovida pelo Ministério Público do Estado hoje, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de medidas cautelares diversas à prisão.
Conforme apurado pelos agentes do Gaeco, o policial penal estava no centro de crimes ordenados do interior do sistema penitenciário estadual. Ele era o elo com o mundo exterio, fundamental no comando do esquema.
A função do servidor era repassar informações por meio de bilhetes de papéis e também fornecer aparelhos celulares. A partir dai, viabilizava a ordem para crimes como sequestros, furtos e, inclusive, operacionalização de homicídios, com planos descobertos até para assassinato de outros policiais penais.
Segundo o Gaeco, ele atuava no Presídio da Gameleira I, mas de acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), em maio, o servidor foi transferido para outra unidade do sistema carcerário.