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Capital

Preso só entregará nome dos 10 políticos na fase de delação premiada

Aline dos Santos e Filipe Prado | 28/04/2015 10:30
Fabiano está preso desde o último domingo. Foto: Marcelo Calazans)
Fabiano está preso desde o último domingo. Foto: Marcelo Calazans)

Preso por exploração sexual de menores, Fabiano Viana Otero só vai revelar os nomes dos outros dez políticos envolvidos no esquema durante a delação premiada. Ontem, ele prestou depoimento, mas manteve sigilo sobre os demais envolvidos. “O importante vai ser entregar os dez nomes durante o processo de delação premiada. Ele vai começar a dar provas sobre o caso”, afirma o advogado Amilton Ferreira de Almeida, que atua na defesa de Fabiano.

Conforme o advogado, se o juiz avaliar que as provas são concretas, a delação premiada é aprovada e são concedidos benefícios. A delação é um acordo previsto em lei. Em geral, o delator precisa revelar dados que auxiliem na identificação dos demais coautores ou envolvido. Como contrapartida, o preso tem benefícios, como redução da pena ou cumprimento em regime semiaberto.

O esquema para agenciar encontro entre adolescentes e políticos veio à tona após a prisão do ex-vereador Robson Martins e do empresário Luciano Roberto Pageu. Eles foram presos no dia 16 de abril, em Campo Grande, depois de receberem R$ 15 mil do vereador Alceu Bueno.

O flagrante foi armado pela Polícia Civil, após o vereador denunciar que já havia pago R$ 100 mil a dupla e era vítima de nova extorsão. O pagamento era para que as imagens do encontro com as adolescentes não fossem divulgadas. Alceu renunciou ao mandato nesta terça-feira.

Fabiano, que agenciava as adolescentes, foi preso no último dia 26. A polícia já o investigava antes da denúncia de extorsão. Uma garota foi encontrada dia 23 de março na casa de Fabiano, com outra menina de 15 anos, que revelou tudo a uma conselheira tutelar.

No curso do escândalo, investigado pela DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) também surgiu o nome do ex-deputado estadual Sérgio Assis. Bueno e Assis foram indiciados por exploração sexual de adolescentes.

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