PRF espera desmembramento de terreno para tomar decisão sobre sede no Centro
Obra deveria ter iniciado em novembro de 2019 e ter sido entregue em novembro de 2021, mas não aconteceu
Com obra parado há mais de três anos, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) espera o desmembramento do terreno localizado na Rua Antônio Maria Coelho, Centro de Campo Grande, para decidir o que fará com o prédio atualmente abandonado. Durante cerimônia de posse nesta sexta-feira (2), o novo superintendente da corporação, João Paulo Pinheiro Bueno, relatou que o imóvel ainda está em nome do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Ao Campo Grande News, João Paulo afirmou que foram tomadas algumas decisões erradas sobra a obra que na época foi avaliada em aproximadamente R$ 7 milhões e hoje já está valendo mais de R$ 20 milhões. Mas a ideia é a corporação primeiro garantir a segurança do local e esperar o desmembramento do terreno para que possam decidir o que será feito com o prédio.
“Já estamos em tratativas com a Superintendência de Patrimônio da União, que é a responsável pelo terreno que precisa ser desmembrado porque ainda faz parte do Dnit e queremos passar para o nome da PRF e ai sim tomar as atitudes em relação ao local. Mas já fizemos a terraplanagem, a limpeza, retirando todos os entulhos. Colocamos os tapumes novamente, cortamos as árvores e vamos colocar holofotes e câmeras para então pensar o que faremos”, afirmou o nome representante da PRF em Mato Grosso do Sul.
Segundo o superintendente, a ideia é que o prédio seja usado para outra coisa e não para sede da corporação, pois o local fica no Centro da cidade e, além de deixar qualquer operação mais complexa, é pequeno para abrir toda a frota de viaturas e aeronaves da PRF.
“Precisamos de um espaço maior. Temos muitas viaturas, aeronaves, então precisamos de um terreno maior que aquele. Queremos também um local de acesso mais fácil às rodovias, porque o deslocamento do centro até as saídas da cidade é muito complexo, mesmo com as sirenes ligadas”, afirmou João Paulo.
Uma placa chegou a ser fixada em frente ao prédio desocupado para obras de execução de reforma e ampliação da sede da Superintendência da PRF, na ocasião, o aviso dizia que o empreendimento foi avaliado em R$ 6.470.730 e deveria ter iniciado no dia 5 de novembro de 2019 com previsão de término dois anos depois. Oficialmente, a corporação deixou de atender no local no dia 8 de janeiro de 2020. A área tem 4.477 metros quadrados.
Efetivo – Sobre o efetivo atual da PRF, o superintendente afirmou que o Estado trabalha atualmente com o maior número de policiais na história da corporação, ao todo são 640 agentes federais. No entanto, ele acredita que não seja o suficiente para cuidar de cerca de 4 mil quilômetros de rodovias em Mato Grosso do Sul.
“Mas tentamos da melhor forma distribuir esse efetivo operacional para que ele atue da maneira mais eficiente possível, coibindo crimes e garantindo a segurança nas rodovias federais”, declarou João Paulo.
Sobre o projeto de implantação de câmeras corporais, João Paulo afirmou que não há previsão de instalação pela corporação, mas alguns policiais já fazem uso dos equipamentos como forma de prevenção tanto para o policial quanto para a sociedade. “A tecnologia deixa a fiscalização mais minuciosa e garante a segurança de todos, então acredito que será um grande projeto”, alegou.
João Paulo afirmou ainda que agora pretende fazer com que a PRF retome seu caminho e se torne o projeto de polícia cidadão, exercendo sua função com ações educativas e atuando cada vez mais com ações de combate aos crimes como o tráfico de drogas.
A cerimônia de posse aconteceu na manhã desta sexta-feira no prédio da AGU (Advocacia-Geral da União), localizada na Avenida Afonso Pena, região do Bairro Chácara Cachoeira, onde cones de sinalização e a movimentação dos policiais chamou a atenção de quem passava pelo local.