Professores da Capital entram com ação na justiça para cobrar reajuste
Com greve nas escolas prevista para começar na segunda-feira, a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) também recorreu à Justiça para cobrar reajuste.
De acordo com a assessoria jurídica, um mandando de segurança coletivo foi ajuizado para cumprimento da lei municipal 5.411. Conforme o advogado Ronaldo Franco, a legislação de dezembro do ano passado de prevê pagamento de 100% do piso nacional a partir de março de 2015.
Os professores querem reajuste de 13% para que o piso por 20 horas semanais passe de R$ 1.697 para R$ 1.917. Hoje, a categoria fez assembleia e aprovou indicativo de greve a partir do dia 25. A Reme (Rede Municipal de Ensino) tem 8,3 mil professores, sendo seis mil concursados e 2,3 mil convocados e 101 mil alunos.
Durante as negociações, a prefeitura informou não ter recursos para reajuste. O secretário municipal de Administração, Wilson do Prado, que responde interinamente pela pasta da Educação, alega que a categoria teve reajuste de 85,41% nos últimos quatro anos, quatro vezes a inflação no mesmo período.
Em panfleto explicativo sobre a situação financeira, a prefeitura divulgou que, entre 2012 e 2014, a folha de pessoal cresceu 40,34%, enquanto a receita corrente líquida aumentou 14,32%. Do total, Educação e Saúde respondem por 85% da folha. A administração municipal reforça que pretende fazer economia de R$ 20 milhões a R$ 22 milhões por mês.