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Capital

Reação foi "acima do normal", diz PM sobre mortos em operação

"Boladona" e "Febem", procurados por roubo e associação criminiosa, morreram em confronto com Choque

Silvia Frias e Viviane Oliveira | 09/11/2022 09:35
Comandante do BPMChoque, tenente-coronel Rocha fala sobre operação com duas mortes. (Foto: Viviane Oliveira)
Comandante do BPMChoque, tenente-coronel Rocha fala sobre operação com duas mortes. (Foto: Viviane Oliveira)

André Eduardo Vargas Maia, 30 anos, o “Trilha”, ou “Febem”, e Ana Paula dos Santos Silva, a “Boladona”, mortos em operação do BPMChoque (Batalhão de Policiamento do Choque de MS), já estavam sendo monitorados há algum tempo, sendo conhecidos por diversos crimes em Campo Grande.

Segundo a polícia, os dois revidaram à investida policial e foram mortos na ação. No caso de “Boladona”, com perfil agressivo, embora se esperasse algum revide, a PM não acreditava que haveria confronto. “Já se esperava, mas o nível de agressão dela foi acima do normal”, disse o tenente-coronel Rigoberto Rocha, comandante do BPMChoque.

Os dois fazem parte da lista de mandados de prisão que estão sendo cumpridos na Operação Espartanos I, deflagrada esta manhã pelo Choque e que será realizada até sexta-feira. Rocha não informou quantos mandados e quais bairros fazem parte da ação policial.

A polícia informou que “Boladona” já tinha 25 passagens pela polícia, praticava roubos e furtos a idosos, principalmente na saída de lotéricas e costumava ser agressiva. Contra ela, a Justiça havia expedido mandado por roubo.

Casa onde André Eduardo Vargas foi morto em confronto com a polícia. (Foto: Marcos Maluf)
Casa onde André Eduardo Vargas foi morto em confronto com a polícia. (Foto: Marcos Maluf)

“Trilha” ou “Febem” já teve posto de liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital), mas havia sido rebaixado na facção. Também já foi alvo de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). No caso dele, o mandado de prisão era decorrente do crime de associação criminosa.

“Essas ações já haviam sido planejadas de forma inteligente, a polícia sabia que os alvos poderiam esboçar alguma reação”, disse Rocha.

O nome da operação, de acordo com o policial, faz alusão aos guerreiros espartanos que travaram batalha contra império persa.

A polícia pede a colaboração da população, que pode fazer as denúncias por meio do 190 e 181.

Ficha – “Trilha” morreu no Hospital Regional depois de trocar tiros com uma equipe do Batalhão de Choque na casa onde morava, no cruzamento da Rua Cecílio Alves Corrêa com a Avenida Vereador Thyrson de Almeida, no Aero Rancho.

De acordo com o apurado pela reportagem, André estava cheirando cocaína no momento da abordagem e havia resquícios da droga no celular dele. Assim que os policiais anunciaram a prisão, ele disparou contra a equipe, que revidou e acertou dois disparos na região do peito dele. Os dois tiros que André realizou atingiram o muro da casa e um carro que estava na garagem.

Conforme a polícia, durante cumprimento de mandado no Portal Caiobá, “Boladona” saiu atirando e atingiu os escudos dos policiais, que revidaram e atiraram contra ela. Ela estaa sozinha no local e foi atingida por um tiro no peito, caindo no corredor do lado de fora da casa. Também foi socorrida e levada ao Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos.

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