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Capital

Santa Casa diz que gasta 40 refeições por dia com PMs e pede hospital para preso

Nadyenka Castro e Aline dos Santos | 05/07/2013 15:17
Wilson Teslenco, em coletiva nesta sexta-feira. (Foto: Cleber Gellio)
Wilson Teslenco, em coletiva nesta sexta-feira. (Foto: Cleber Gellio)

Por causa da escolta de presos internados no hospital, a Santa Casa gasta, em média, 40 refeições por dia com policiais militares. Além de dar prejuízo aos cofres da unidade de saúde, a presença dos detentos causa constrangimento a outros pacientes. É o que diz a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande).

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o presidente da associação que administra a Santa Casa, Wilson Teslenco, disse que o atendimento a presos no hospital “é uma situação provisória a 20 anos”e que o ideal seria uma unidade de saúde somente para detentos.

Teslenco fala ainda que não dá para concentrar presidiários em um setor específico, pois apresentam patologias diferentes e que a unidade de saúde foi planejada para atender paciente e acompanhante.

Hoje há cinco presos internados na Santa Casa, média de 20 policiais por dia. Cada dois soldados cuida de um detento, que sai para folga após 12 horas de trabalho. A Santa Casa pretende negociar com a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) as refeições dos detentos internos.

Ilustre - Os 62 dias de permanência de Dionathan Celestrino, o Maníaco da Cruz, na Santa Casa de Campo Grande já custaram R$ 279 mil. A estadia do paciente também atrai curiosos, em busca de uma foto do jovem que ficou conhecido por matar três pessoas em Rio Brilhante e deixar os corpos em formato de cruz. Ele deu entrada no hospital no dia 3 de maio e desde o dia 23 do mesmo mês teve alta médica, mas depende de ordem judicial para deixar o local.

Relatório - Estudo do Ministério Público sobre o sistema prisional do País denominado "A visão do Ministério Público sobre o Sistema Prisional Brasileiro" aponta que na maioria dos estabelecimentos penais de Mato Grosso do Sul há farmácias e que os detentos não são separados por patologia.

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