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Capital

Saúde começa a testar armadilha com inseticida contra Aedes aegypti na Capital

Projeto piloto usa instrumentos letais ao mosquito transmissor da dengue e aponta eficácia de 60% a 100%

Tainá Jara | 04/09/2020 14:02
Ovitrampas têm como base o uso de inseticidas (Foto: Divulgação/UFU)
Ovitrampas têm como base o uso de inseticidas (Foto: Divulgação/UFU)

Projeto piloto vai testar, a partir de terça-feira, armadilha com inseticida como nova estratégia para combater o mosquito Aedes aegypti. Previsto para ser implementado a partir de 2021, o método possui eficácia entre 60% e 100%, segundo pesquisadores.

Mecanismo utilizado para identificar a infestação pelo mosquito nos bairros da Capital, as ovitrampas, armadilhas para as fêmeas do mosquito que colocam seus ovos nas palhetas de madeiras umedecidas, passarão a ter inseticidas, fazendo com que as larvas morram ainda nos estágios iniciais do desenvolvimento.

As pesquisas apontam uma eficácia de 60% a 100% das armadilhas na mortalidade das larvas do mosquito. Além das altas taxas de letalidade, o uso de inseticida faz com que a duração da ovitrampa seja prolongado sem a possibilidade de torná-lo um criadouro.

A implantação das armadinhas começará na região central da cidade, nos bairros Amambai, Vila Carvalho, Vila Glória e Jardim Monte Líbano, sendo estendido por todo o município a partir do ano que vem.

Wolbachia – Também está previsto para começar a operar na Capital, ainda neste mês, as espécies de Aedes aegypty com bactéria Wolbachia, bactéria que quando presente nos animais, os impedem de desenvolver os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela.

A soltura dos insetos alterados depende de obra de construção da biofábrica, localizada ao lado do Lacen (Laboratório Central).

De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), no final de agosto, a Capital registrava incidência de 1.938,4, considerada alta, quando há mais de 300 casos para cada 10 mil habitantes. Das 42 mortes por dengue ocorridas em Mato Grosso do Sul, sete foram na Capital, portanto cidade com o maior número de óbitos.



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